Para Al Newman, aposentar-se é o oposto de desacelerar: aos 73 anos, ele está em busca de novos desafios
Pedalar na Antártida aos 73 anos: O que leva um homem de 73 anos de idade natural de Ann Arbor, no Michigan (EUA), a renunciar a uma aposentadoria confortável para andar de bicicleta por apenas algumas horas em plena Antártida?
Para Al Newman, a explicação é simples: culpe um espírito desbravador — o mesmo que o levou a trilhar sempre o seu próprio caminho — para ele decidir pedalar na Antártida. “Para ser um empreendedor, você tem que estar disposto a assumir riscos”, diz.
E para passar o feriado de Ano Novo pedalando na Antártida, como ele fez, depois de rejeições intermináveis de praticamente todas as empresas de expedição no continente gelado porque elas não lidam com esse tipo de solicitação, você precisa realmente avaliar os riscos. É fácil ficar encalhado na Antártida em janeiro, porque a Antártida em janeiro — quando é verão! — é propensa a tempestades de neve devastadoras que podem deter as viagens aéreas e os visitantes por semanas a fio.
Estes foram os tipos de riscos que motivaram Newman a pedalar na Antártida. Ele persegue ideias no mínimo estranhas porque, para ele, o sucesso não é tão doce sem a ameaça de catástrofe.
“Quando as pessoas me perguntam por que eu faço isso, eu simplesmente não respondo”, diz Newman. “Porque se eles estão perguntando, então eles nunca entenderão?”, questiona.
Newman teve sucesso como empresário há mais de 50 anos, porque primeiro acreditou em uma tendência de mercado e apostou todas as suas fichas. Ele também sempre foi um cara esportivo, apesar de que a bicicleta era mais uma brincadeira de quando era criança.
Mas Newman retomou a paixão de pedalar em 1982, quando uns amigos o convidaram para uma viagem de bike pela China. Depois disso, suas aventuras viraram uma espécie de busca pessoal.
Newman já pedalou pelos Estados Unidos de costa a costa e também já cruzou a Austrália e a África.
Pedalar na Antártida
No pedal solitário pela Antártida, Newman contrariou todos os conselhos que diziam que isso seria impossível. Mesmo assim ele voou de Detroit para Punta Arenas, Chile, sem saber ainda como chegaria à Antártida.
Então ele aproveitou uma pequena janela de tempo e voou com a ALE em um voo de seis horas. Chegou no acampamento Union Glacier, sob temperatura de -15ºC.
Ele montou em sua bike e pedalou por aquele cenário puro, selvagem e intocado à sua frente.
“Eu pensei que uma geleira estivesse a uns 3 km de distância, mas na verdade eram quase 40 km. A percepção de profundidade é totalmente diferente naquele lugar.”
Sua bike girou pouco mais de duas horas pelo continente gelado, e ele teve que subir no avião novamente para se livrar de uma nova nevasca que se aproximava.
Foi o suficiente. Depois de uma vida inteira fazendo grandes apostas e movimentos radicais, ele completou sua mais louca jornada, aos 73 anos de idade.
“Não tenho certeza se compreendi”, diz ele, “mas honestamente, não vejo isso como uma grande realização.”
“Qualquer um pode fazer o mesmo”, garante Newman. “Você só precisa dos recursos, do tempo e do desejo”, ensina minimizando sua aventura.
Por: Bicycling.com.br
Compartilhe
Curta nossa Fan Page
Inspirado pelo espírito aventureiro de seu pai paraquedista, o brasileiro Beto Ambrosio (@... veja +
Isolamento social faz com que Cristiane e João Pedro ganhem peso, mas, recorrendo ao espor... veja +
Raquel Vicente Sant’Anna Bueno é uma referência nacional do Mountain Bike Recreativo e do... veja +
Fabio Barduchi e Grasiela Licório contam como foi encarar as dificuldades de passar por um... veja +