É fácil perceber o quanto a bicicleta pode contribuir para que os idosos mantenham-se ativos e participativos. A explicação está, principalmente, em dois fatores. O primeiro deles é a socialização. Ao pedalar, o idoso assume uma nova postura diante da vida.
É fácil perceber o quanto a bicicleta pode contribuir para que os idosos mantenham-se ativos e participativos. A explicação está, principalmente, em dois fatores. O primeiro deles é a socialização. Ao pedalar, o idoso assume uma nova postura diante da vida. Ao invés de tornar-se mais sedentário e retraído, ele passa a sair, passear, e nessas idas e vindas, conhece pessoas, faz amizades, socializa-se. O segundo fator está relacionado aos benefícios físicos. Os benefícios à saúde de adultos idosos resultantes da prática do exercício, em especial o ciclismo, são os seguintes: redução da mortalidade em geral, aumento da estabilidade postural, aumento da cognição, menor incapacidade funcional, melhoria da autoimagem, melhoria do sono, aumento do bem-estar psicológico e incentivo para promover outras mudanças no estilo de vida.
Especialistas afirmam que quando o idoso decide voltar a fazer atividades físicas são trabalhadas três áreas principais: força, equilíbrio e coordenação motora. Embora, rotineiramente, a ênfase seja mais o exercício aeróbio, o treinamento de força desempenha papel importantíssimo no programa de condicionamento físico no idoso. A idade avançada está associada à perda progressiva de massa muscular, também chamada de sarcopenia, que resulta na redução da força muscular, que por sua vez leva a um declínio na capacidade funcional. A força muscular em indivíduos sedentários diminui aproximadamente 15% por década no período entre os 50 e 70 anos e cerca de 30% por década a partir dos 70 anos. O treinamento de força é extremamente decisivo na prevenção e no tratamento da osteoporose, pois o aumento da massa muscular resulta em um correspondente aumento da massa óssea.
O exercício melhora o consumo máximo de oxigênio, aumentando a frequência cardíaca máxima, o volume sistólico (quantidade de sangue que será bombeado pelo coração em uma contração) e o débito cardíaco (quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto). Também melhora a força e resistência muscular, assim como a flexibilidade articular.
Além do mais, praticar atividade física retarda os efeitos do envelhecimento. Para cada efeito (encolhimento de estatura, enfraquecimento dos ossos, flexibilidade, etc), há um exercício em específico que pode ser indicado por um profissional. Trabalhos científicos comprovam que indivíduos em boa forma física e nutricional podem ser até 10 a 20 anos mais jovens em sua idade biológica do que sua idade cronológica. E nessa busca incessante pela juventude, o exercício parece ser o recurso mais eficiente contra o envelhecimento. É a melhor garantia para a longevidade com qualidade de vida.
Fonte: Revista Bicicleta
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