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Indústria de bicicletas aposta em crescimento neste ano, em Manaus

  • 03/02/2016

Segmento se fortalece no PIM. Fabricantes aguardam definições do mercado, mas já apresentam estratégias para 2016


Ainda aguardando pelos resultados concretos da última reunião entre Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), ocorrida no dia 28 de janeiro, a indústria de bicicletas do Polo Industrial de Manaus (PIM), principal polo de produção de bicicletas fora do Sudeste Asiático, espera o Carnaval passar para enfim iniciar o ano. Fabricantes já pensam em estratégias próprias e em como estas podem se aliar às determinadas entre as lideranças.

Para o gerente da unidade Manaus da Sense Bike, Joel Silva, as próximas semanas darão o start na indústria de bicicletas do Amazonas. “Como é sabido, o ano só começa após o Carnaval. Como em 2016 as festas serão em fevereiro, o ano começa antes e os lucros também são antecipados. O mercado tende a ser puxado pela necessidade de mais mobilidade e qualidade de vida, aí reside nossa força e perspectivas”, conta Joel Silva que lembra os investimentos da fábrica de matriz mineira em Manaus.

“O grupo chegou a Manaus em julho de 2014 e investiu R$ 35 milhões em sua planta amazonense. Para entrar no PIM trouxemos o que há de mais moderno e mais maquinário ainda está chegando, para nos nivelarmos com o que se produz na Europa e EUA”, assegura Silva.

Inflação e dólar alto 

A oscilação cambial e a inflação causaram grande impacto na estrutura de custo de todo o segmento, impactando no volume de vendas, o que surpreendeu a Sense, que em Manaus tem 50 funcionários e capacidade de produção de 400 mil bicicletas elétricas e convencionais por ano. “O dólar em seus patamares mais altos vai nos fazer pensar em outras estratégias.
Um exemplo de mudança de atitude será um foco maior no mercado nacional. O uso de alguns componentes importados e que usam o dólar como base para seus preços também impactou negativamente as linhas de produção”, disse Silva.

O impacto negativo causado pelo atual momento macroeconômico e a oscilação cambial parecem ser os fatores que mais pedem cautela na hora de fazer funcionar as linhas de produção, conta Silva. “A Suframa tem acompanhado de muito perto, com atenção e boas intenções, a produção das bicicletas elétricas no Amazonas pela visibilidade que a categoria vem tendo, mas vemos a crise como algo geral e toda a indústria deve trabalhar conjuntamente”, afirma.

Além da Sense, a indústria de bicicletas no PIM, ainda tem o reforço da Prince, Houston e Ox Bike, além da tradicional Caloi. A Ox Bike, presente no PIM desde o início da década, representa a confiança no segmento. Em 2014 a fábrica teve seu controle adquirido pelo grupo Isapa, do empresário Isacco Douek, recebendo investimento adicional de R$ 5 milhões, para a produção de 240 mil bicicletas por ano.
A reunião

O encontro entre Suframa e Abraciclo serviu para a exposição de resultados e evolução do segmento nos últimos 10 anos e para a definição de estratégias que garantam a competitividade de componentistas e fabricantes de bens finais. Um dos pontos abordados foram os benefícios dos entrepostos em outras regiões do País, segundo presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. “O desenvolvimento dos entrepostos é algo que pode beneficiar as empresas do setor, em especial no que tange ao atendimento ao consumidor final”, disse.

Durante a reunião, ficou acertado que a Abraciclo apresentará à Suframa, no mês de abril, uma pauta mais abrangente, elaborada com maior participação de suas indústrias associadas, para que o segmento de Duas Rodas possa voltar a apresentar índices positivos de produção, geração de empregos e faturamento, com reflexos positivos para a economia brasileira.

Por:Portal Amazônia

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