Andar regularmente de bicicleta pode reduzir os efeitos do envelhecimento e ajudar a rejuvenescer o sistema imunitário.
A conclusão é de um estudo britânico que acompanhou um grupo de 125 ciclistas amadores, com idades entre os 55 e os 79 anos, e simultaneamente avaliou um grupo de adultos saudáveis de várias idades, que habitualmente não faziam exercício.
A investigação permitiu perceber que os que praticavam ciclismo preservavam a massa muscular e a força, mantinham os valores de colesterol e de gordura no sangue estáveis e, no caso dos homens, os níveis de testosterona continuavam elevados. Contudo, o resultado mais surpreendente foi que os efeitos da prática regular deste exercício são extensíveis ao sistema imunitário.
A glândula timo, cuja principal função é a produção de células T, também conhecidas como linfócitos T, normalmente começa a atrofiar por volta dos 20 anos. No caso dos ciclistas que esta pesquisa acompanhou, indivíduos mais velhos continuavam a produzir tantas células T como uma pessoa mais nova.
Este órgão especial do sistema imunológico é também uma das mais importantes glândulas do corpo humano.
"Hipócrates (considerado o pai da Medicina) afirmou em 400 a.C. que o exercício é o melhor remédio para o Homem, mas a sua mensagem desvaneceu-se no tempo e nós hoje vivemos numa sociedade incrivelmente sedentária", sublinha Janet Lord, diretora do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Birmingham, Reino Unido), e uma das responsáveis por este estudo.
A nossa pesquisa partiu da suposição de que o envelhecimento nos torna mais frágeis. A investigação deu-nos provas consistentes de que podemos encorajar as pessoas a fazer exercício com regularidade ao longo de toda a vida, na medida em que essa é uma solução viável para combater o problema de estarmos a viver mais mas com menos saúde", defende Janet Lord, em entrevista ao The Guardian.
As conclusões desta investigação foram publicadas na revista Aging Cell.
Dados sobre o grupo de ciclistas:
Dados sobre o grupo de sedentários:
Outros estudos já realizados mostraram os benefícios da prática regular de ciclismo. Uma pesquisa, publicada no British Medical Journal em abril do ano passado, concluiu que andar de bicicleta reduz o risco de cancro e de doenças cardíacas em 45%.
Vários especialistas defendem que andar de bicicleta traz múltiplos benefícios à saúde mental. Quem usa esse meio de transporte tem tendência para ser mais feliz e menos propenso a depressões.
A generalização do uso da bicicleta trará também, naturalmente, benefícios para o meio ambiente. Um relatório britânico concluiu que se o Reino Unidos conseguir alcançar as metas para a próxima década, relativas à troca do automóvel pela bicicleta e andar a pé nas deslocações para o trabalho, o país conseguirá reduzir em mais de 13 mil o número de mortes que resultam da poluição atmosférica.
Por: SIC Notícias
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