Estudo aponta que passar muito tempo sentado pode diminuir os benefícios que a prática regular de atividade física oferece à saúde
Por: Ativo/Prólogo
Segundo a Associação Americana de Cardiologia (AHA) e o Colégio Americano de Medicina e Esporte, para cultivar uma boa saúde é preciso praticar atividades físicas regularmente, seguindo a recomendação mínima de cinco sessões semanais de 30 minutos cada com intensidade moderada ou três sessões semanais de 20 minutos com intensidade vigorosa.
Baseado nisso, sempre pensamos que realizando essa porção mínima de atividade física semanal seria o suficiente para deixarmos de ser sedentários e manter nossa saúde em dia. Porém um estudo sobre sedentarismo e atividade física publicado no American Journal of Clinical Nutrition afirma que os exercícios regulares podem não ter o efeito desejado caso a pessoa permaneça muito tempo sentada (ou parada) no seu dia a dia.
No referido estudo, foram avaliadas cerca de 240.000 pessoas para verificar a associação entre o tempo sentado e a taxa de mortalidade. Depois, foi feita uma segunda análise verificando se a prática de atividade física foi capaz de compensar o efeito causado pelo “tempo sentado” nesta população. E o resultado não foi nada animador. “Se você mantém atualmente um mínimo de 2h30 de atividade moderada ou 1h de atividade vigorosa por semana, você pode não estar protegido contra os efeitos deletérios do comportamento sedentário, se você fica sentado demais no trabalho, no carro ou em casa”, explica o fisioterapeuta Rafael Pimenta, Pós Graduado em Postura e Terapia Manual, especialista em análise do movimento e reabilitação de lesões no esporte. O motivo seria o que os estudiosos do assunto chamam de fisiologia sedentária.
Fisiologia sedentária
Na comunidade médica e científica já é fato que a atividade física traz um monte de benefícios à saúde: protege o coração, evita a obesidade e outras doenças crônicas e metabólicas, melhora a circulação e a pressão arterial, ajuda a manter o corpo em forma e o cérebro saudável. Porém, na última década, a relação do impacto que a inatividade física causa no organismo tem sido estudada e notou-se que tanto doenças metabólicas como cardiovasculares têm relação com processos inflamatórios que o sedentarismo causa no organismo.
Para os autores desta revisão científica, a ausência da prática de atividade física é um fator direto para o aparecimento e desenvolvimento de doenças crônicas e não um fator auxiliar. Existe uma relação de causa e consequência. “A inatividade física causa as doenças. Ela não é um dos motivos, ela é o motivo, o fator que dispara tudo, e não um fator que acontece junto com as outras alterações”, explica Rafael.
Segundo ele, uma forma de compreender essa a relação do movimento com a manutenção da saúde é comparar o nosso corpo com uma Ferrari. Se você tem uma Ferrari e a deixa guardada na garagem, ela vai enferrujar, parar de funcionar direito, precisar de reparos. “Parados, não utilizamos nosso potencial, e isso vai acarretar uma série de alterações fisiológicas que irão modificar toda nossa fisiologia saudável para um estado alterado, doente”, explica ele.
Por isso, use sua Ferrari mais do que os 30 minutos diários de exercício, e evite ficar muito tempo sentado para não anular os benefícios que a atividade física proporciona ao seu organismo. Saia do sofá ou da frente do computador e movimente-se.
(Fonte: Revista Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo e Rafael Pimenta)
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