Uma das técnicas mais importantes que deve ser dominada em qualquer modalidade do ciclismo é saber frear Confira as dicas abaixo e pratique. Como qualquer técnica, a prática leva à perfeição. Tipos de freios
Uma das técnicas mais importantes que deve ser dominada em qualquer modalidade do ciclismo é saber frear
Confira as dicas abaixo e pratique. Como qualquer técnica, a prática leva à perfeição. Tipos de freios
Ajuste correto
De nada adianta ter o melhor freio do mercado, se ele não estiver ajustado corretamente. O ajuste mais importante está na posição das alavancas de frenagem e existem três fatores para se considerar:
Posição no guidão
As alavancas de freio devem estar em uma posição que permita seu acionamento com o dedo indicador na sua parte mais externa. É importante acioná-las pelas pontas, pois é onde há maior alavanca mecânica, aumentando a força exercida pelos freios.
Ângulo de acionamento
As alavancas não devem estar nem na horizontal e nem na vertical em relação ao solo, mas sim em uma posição em que seu antebraço, punhos, mão e dedo indicador formem uma linha reta ao frear. Dependendo do seu corpo, da modalidade e da sua posição na bike esse ângulo será diferente. Comece usando 45 graus como referência; depois ajuste conforme sua necessidade.
Altura da alavanca
O ideal é que o ponto de frenagem máxima (onde você não consegue mais apertar a alavanca) seja na metade do caminho entre seu dedo indicador totalmente esticado e totalmente dobrado. Se, para atingir este ponto, você não precisar dobrar muito o dedo, significa que não está exercendo toda a sua força; se, para atingir este ponto, você precisar dobrar muito o dedo, não poderá apoiá-lo na alavanca quando o freio não for usado, ou poderá não usar todo o potencial do freio, principalmente com o desgaste das pastilhas. O normal é ter o freio traseiro do lado direito do guidão e o dianteiro do lado esquerdo. Quem anda de moto pode estranhar e inverter o lado, porém, se você não tem nenhum motivo realmente importante para usar os freios invertidos, deixe-os na posição normal.
Freie apenas com o indicador
Fora das competições, seu freio deve permitir que suas rodas travem, ou estejam a ponto de travar, com as alavancas sendo acionadas apenas com o dedo indicador. Usar dois dedos em situações extremas ou quando você já está cansado ainda é aceitável. Se você precisa usar mais de dois dedos para frear é hora de pensar em um upgrade nos seus freios.
Manutenção em dia
Como em qualquer peça da bike, a manutenção dos freios é essencial. Aros e discos podem empenar, cabos de aço e qualquer parte de metal podem oxidar, sapatas de borracha e pneus podem ressecar e as pastilhas de freio se desgastam com o uso.
Conheça sua bike e seu freio
Freios iguais em bikes diferentes podem ter reações diversas. Parar a bike é um resultado não só dos freios, mas também da suspensão, terreno, distribuição de peso, pneus e velocidade. Conhecer como os seus freios funcionam com a sua bike é essencial. O ideal é separar um tempo e ir em algum lugar isolado para experimentar. Tente parar a bike o mais rápido possível, mas sem travar as rodas. Pratique com diferentes velocidades, terrenos e com o corpo em posições diferentes. Não esqueça o capacete!
Posição do corpo ao frear
Fique em pé, jogue sempre seu peso para trás, alivie o peso das suas mãos e aumente o peso nos pedais, com a ponta dos pés apontando pra cima. Quanto mais íngreme for uma descida, mais importante é exagerar essa posição. No mountain biking é comum ver os pilotos com o corpo tão pra trás que o selim chega a ficar perto do tórax! Essa posição é super importante porque melhora a tração para a frenagem ? é mais difícil a roda derrapar - e principalmente evita que em um caso extremo o piloto seja lançado por cima do guidão. No caso de uma colisão é menos perigoso cair atrás da bicicleta do que ser lançado por cima dela.
Freio Dianteiro, seu melhor aliado
Muitos iniciantes têm medo do freio dianteiro e isso é compreensível, já que travá-los de maneira incorreta pode fazer com que você decole por cima da bicicleta. Porém, ele contribui com 70% do poder de frenagem total da bike! É essencial perder o medo do freio dianteiro. Em terreno liso, freando na posição correta é difícil ser lançado da bicicleta, mesmo travando-o.
Aproveite a modulação
Essa é uma das características mais importantes de um freio. Quanto maior a modulação, mais gradativamente ele consegue desacelerar a roda sem travar. Ou seja, o ciclista consegue ter controle total do quanto quer frear. Conheça bem o poder e limite dos seus freios. Tente sempre frear leve e aumentar a força conforme a necessidade.
Maneiras de Frear
Seja qual for a maneira usada para frear, nunca se deve travar as rodas se o objetivo é parar a bike com segurança. A roda travada poderá seguir qualquer sentido ao atingir obstáculos, já que não estará rolando para transpô-los.
Usando apenas o freio dianteiro
Em bicicletas de estrada, há quem defenda o uso apenas do freio dianteiro em paradas bruscas em linha reta, uma vez que o uso dos dois freios pode fazer com que a roda traseira tenha menos tração e queira derrapar para os lados. Porém, isso só funciona em asfalto seco, liso e em linha reta. Caso esteja chovendo, já existe um comprometimento na frenagem e passa a ser mais importante fazer as duas rodas perderem velocidade. Freios que também não possuem boa modulação e não sejam fortes, podem trazer risco nessa abordagem. Além disso, em descidas muito longas, você pode cansar muito usando apenas uma mão para frear o tempo todo.
Outras dicas
Muitas vezes temos a sensação de estar mais rápido do que realmente estamos. Olhe sempre mais para frente, nunca para baixo, e avalie bem a situação real. Não se desespere! Usando as técnicas corretas é possível frear com muita eficiência. Em trechos longos de descida é preciso tomar cuidado com o aquecimento dos freios e com a dor nas mãos. Freios aquecidos podem falhar. O ideal nesses casos é frear com mais força, mas soltar totalmente os freios, de maneira intervalada.
Usando apenas o freio traseiro
Não é uma boa opção, uma vez que representa apenas 30% do poder de frenagem total da bike. Simplesmente a bike não consegue parar rápido o suficiente. Pra piorar, por não frear o suficiente, o ciclista terá o impulso de apertar mais forte os freios fazendo com que a roda trave, podendo cair para os lados e desgastando mais os pneus. Uma situação em que o uso exclusivo do freio traseiro se justifica é nas trilhas, em trechos muito íngremes onde qualquer desaceleração da roda dianteira possa trazer risco de voar por cima do guidão. Outra situação é no caso do ciclista estar sem controle, fora da posição correta ou até com um pé fora do pedal, onde o uso do freio dianteiro poderia trazer ainda mais desequilíbrio.
Usando os dois freios
É a abordagem mais segura e, na maioria dos casos, mais correta. Ao usar os dois freios, as duas rodas são desaceleradas, o que trará sempre mais vantagens do que desvantagens em quase qualquer situação. De qualquer maneira, deve-se sempre lembrar que o freio dianteiro é mais poderoso e deve ser mais usado. Em trechos longos de descida é preciso tomar cuidado com o aquecimento dos freios e com a dor nas mãos. Freios aquecidos podem falhar. O ideal nesses casos é frear com mais força, mas soltar totalmente os freios, de maneira intervalada.
No mountain biking
Frear em trilhas acrescenta novas variáveis e maiores desafios. Por ser um terreno irregular, o uso do freio dianteiro precisa ser bem avaliado quando se freia em meio a pedras, buracos e raízes. A roda sempre deve estar em rotação para atropelar esses obstáculos, caso contrário eles poderão travar a bike e provocar um ?chão?. Também é preciso conhecer bem as suspensões da bicicleta. Ao frear, a suspensão tem uma tendência de endurecer ou ser acionada e nesses casos o amortecimento é comprometido, a geometria da bike sofre alteração e seu peso pode ser forçado a ir mais pra frente. É preciso ajustar e conhecer bem suas suspensões para tornar essas situações previsíveis. Outra característica é que o terreno permite que a roda derrape mais, tornando o uso dos freios mais sensível. Fique atento!
Fonte: www.revistabicicleta.com.br
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