Ciclistas que pedalam pelo interior devem estar atentos a sua vacinação contra a febre amarela devido ao aumento de ocorrências do tipo silvestre da doença
A Secretaria Municipal da Saúde de Araraquara orienta ciclistas adeptos do turismo rural a conferirem a carteira de vacinação para checar se estão devidamente imunizados contra a febre amarela. A área rural é considerada de risco devido a transmissão do tipo silvestre da doença. A vacina está disponível na rede pública.
"É comum vermos famílias, casais e grupos de amigos passeando de bicicleta na área rural nos fins de semana. É uma atividade saudável que está em evidência, porém, antes de sair de casa, é importante verificar se a vacina contra a febre amarela está em dia", orienta a coordenadora interina de Vigilância em Saúde, Lucia Ortiz.
A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como pode haver queda na imunidade com o tempo de vacinação, o Ministério da Saúde definiu a manutenção de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo o esquema vacinal uma dose aos nove meses de idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses. Quem tem mais de 60 anos deve passar antes por uma avaliação médica.
"Quem nunca tomou a vacina deve se imunizar e aguardar 10 dias antes de ir até a área rural. Quem já tomou uma dose da vacina há mais de 10 anos, deve tomar outra dose de reforço e esperar 10 dias. Pessoas que já tomaram duas doses da vacina estão protegidas contra a febre amarela", explica Lucia Ortiz.
A vacina é contraindicada para crianças com menos de nove meses de idade, gestantes, lactantes, pacientes imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina. "Em caso de dúvida, basta procurar o posto de saúde mais próximo", ressalta a coordenadora.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda. A doença é transmitida por mosquitos e comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus. Os sintomas são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).
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