Alunos da Escola Estadual João Rodrigues da Silva, em Prudente de Morais, vêm desenvolvendo um projeto que visa à segurança e ao bem-estar dos ciclistas.
Cada vez mais comum nos grandes centros, as bicicletas são um veículo de transporte caracterizado pelo baixo custo de manutenção e por possibilitarem boa prática esportiva. Com o crescimento do uso das bikes, alunos da Escola Estadual João Rodrigues da Silva, em Prudente de Morais, vêm desenvolvendo um projeto que visa à segurança e ao bem-estar dos ciclistas.
Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o projeto Nossa Bike vem sendo desenvolvido a aproximadamente um ano. Ele faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica Júnior (BIC-Jr), que tem o objetivo de despertar em estudantes do Ensino Fundamental, Médio e de Educação Profissional da Rede Pública a vocação científica para a pesquisa, concedendo bolsas para participarem de projetos/atividades de pesquisa ou de extensão científica, tecnológica ou de inovação.
Criado por alunos de 17 anos, o projeto implantou diferentes sensores em bicicletas, como, por exemplo, os sensores de impacto, que enviam um comunicado aos cadastros previamente definidos em seu sistema, avisando de um eventual acidente a equipes de resgate, familiares, entre outros. Também faz parte do projeto os coletes iluminados por leds que é acionado ao pedalar e que transforma a energia cinética do movimento do ciclista em energia elétrica. Essa energia é responsável pelo acendimento dos leds do colete. Além disso, também vem sendo desenvolvida uma trava antifurto, para que o cidadão tenha mais segurança ao deixar a bicicleta parada em determinados locais.
Inicialmente desenvolvida para participar da XVI UFMG Jovem, a pesquisa também foi destaque de eventos internacionais na Rússia e Portugal, além da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia da Universidade de São Paulo (Febrace-USP). Agora, os pesquisadores se preparam para apresentar o projeto na Costa Rica, em outubro.
A aluna Gabriela Santana, membro da equipe de desenvolvimento do projeto, lembra que a ideia era criar soluções para a proteção dos alunos que utilizam bicicletas no trajeto casa/escola, escola/casa: “Fizemos um estudo junto aos alunos que vão de bicicleta para a escola. Nele, constatamos que existia um número considerável de alunos que já haviam sofrido algum tipo de acidente e que estes acidentes, em sua maioria, aconteciam no horário da noite”, afirma.
O coordenador do projeto, professor Giezi Américo, da Escola Estadual João Rodrigues da Silva, destaca os benefícios de projetos como este para os alunos das escolas estaduais: “Esse tipo de projeto desperta o interesse dos alunos pelo aprofundamento dos estudos, aguça a curiosidade dos alunos por outras áreas que possibilitem a complementação dos conhecimentos e ainda nos dirige ao empreendedorismo”, disse.
Américo ainda ressalta que o êxito do Nossa Bike despertou o interesse de outros alunos em participarem de novos projetos: “Este projeto chamou a atenção de outros alunos em desenvolverem novos projetos, os professores se comprometeram a trabalhar com projetos, tanto que hoje já realizamos nossa 1ª Mostra Científica no nível da UFMG. Sendo assim, nos credenciamos para participar da Mostra UFMG Jovem e Febrace”, afirma.
O objetivo agora é encontrar parceiros para apoiar o projeto de modo a disponibilizar os equipamentos para comercialização.
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