Área de Campinas registrou 23 óbitos durante o 1º quadrimestre deste ano.<br /> Praticantes defendem conscientização no trânsito e uso de equipamentos
Por: G1.globo.com
O número de mortes de ciclistas no trânsito da região de Campinas (SP) chegou a 23 no primeiro quadrimestre deste ano, segundo estatísticas do governo paulista, quantidade que já supera o total de 21 óbitos registrados de janeiro a dezembro de 2015. Os dados fazem parte do relatório Infosiga - Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo.
A ferramenta, disponível online para consulta, indica que fevereiro foi o mês com maior número de mortes neste período avaliado - sete. Na sequência, janeiro e abril terminaram com seis vítimas cada, e mais quatro óbitos ocorreram em março. O total equivale a 7,3% das 313 mortes contabilizadas no trânsito da região de Campinas durante os quatro primeiros meses deste ano.
"A incompatibilidade e a velocidade são o que tornam esse acidente fatal. Na rodovia é muito pior, porque a bicicleta não tem espaço apropriado, ela acaba usando acostamento", explicou o especialista em trânsito Rogério Alves, ao tratar também sobre falta de estrutura nos municípios.
'Desrespeito'
A empresária Cintia Fracalanza contou à EPTV, afiliada da TV Globo, que quase foi atropelada nesta semana enquanto percorria o trajeto até o local onde ela trabalha.
"A borracha do carro dele chegou a pegar no meu pneu, ficamos os dois parados com a cara de 'que susto'", falou. Para ela, é preciso conscientização no trânsito. "A falta de respeito é muito grande do lado do ciclista e do motorista também", criticou.
Iniciativas
A criação de uma ciclofaixa na Avenida Rebouças, em Sumaré (SP), por exemplo, foi elogiada por moradores. "Tem tudo a ver com qualidade de vida", destacou o professor Thiago Souza.
O tom foi mantido pelo autônomo Gabriel Elias, ao comentar sobre o espaço disponível aos domingos e feriados. "Dá mais acesso, antes tinha que disputar com os carros e motos."
O empresário André Godoy defende o uso da bicicleta para "viagens rápidas", incluindo a busca de produtos em farmácias, padarias ou eventuais atendimentos aos clientes. Para ele, é imprescindível o uso dos equipamentos de segurança durante a prática. "O capacete é fundamental, sem ele não deve nem pegar a bicicleta. Óculos de segurança, luvas e, para passeios noturnos, claro, farol, pisca traseiro e roupas claras são importantes também", frisou.
Assista o video da matéria.
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