O biker mineiro Frederico Mariano está suspenso provisoriamente das competições após constar na listagem dos casos de doping da UCI
Por: Bike Magazine
O biker mineiro Frederico Mariano está suspenso provisoriamente das competições após constar na listagem dos casos de doping da UCI, divulgada na sexta-feira (13 de maio). Segundo a União Ciclística Internacional, o atleta foi pego em exame realizado no dia 4 de março, na primeira etapa da Copa Internacional de MTB (CIMTB) em Araxá (MG), por uso de EPO.
Fred Mariano, que foi o campeão brasileiro XCO de 2014, teve seu contrato com a Caloi encerrado. Em nota, a Caloi informou: “Estamos cientes e surpresos com o envolvimento do atleta Fred Mariano, integrante da equipe Caloi Elite Team, em uma investigação de doping divulgada pela UCI (União Ciclística Internacional). Buscamos sempre o melhor para esporte brasileiro, provendo estrutura e suporte para que os atletas que estejam conosco se desenvolvam e representem bem a nossa marca e o nosso país. A Caloi desaprova veemente o envolvimento de seus atletas em casos de suspeita de doping, bem como possui como política não manter em seu time qualquer atleta que se envolva em casos dessa natureza.”
A divulgação da UCI, às vésperas da segunda etapa da Copa Internacional de MTB, neste final de semana, em São João del-rei, foi recebida com surpresa. O organizador da competição, Rogerio Bernardes, informou que foi avisado da notificação e seguiu o protocolo. “Apenas cumpri o que os comissários solicitaram, que foi a exclusão do atleta da lista de largada”, comentou. Essa é a primeira vez que a CIMTB, prova com a chancela da UCI, passa por esse tipo de situação.
ADVOGADO DE DEFESA
O advogado Leandro Domingos Mello, que representa Fred Mariano, deu a seguinte declaração para a reportagem da revista Bike Action: “Na quinta-feira, dia 12-05-2016, recebemos uma notificação da UCI, órgão máximo do ciclismo mundial, com uma mensagem nada feliz para o atleta Frederico Mariano. A partir daí o trabalho tem sido árduo, fizemos várias reuniões para tentar preservar o máximo a carreira do atleta. Realmente, no começo ficamos perplexos, o atleta tem acompanhamento direto de um profissional da área médica e tudo o que ele toma é controlado. Fizemos reuniões com profissionais da área da saúde para traçar a defesa. Pensamos em tudo, como quebrar a prova, um possível erro na coleta, uma contaminação no material recolhido, mas – de pronto – essa defesa é o que chamamos de prova diabólica, ou seja, o custo é tão alto que a descartamos. Assim, passamos para a defesa jurídica, a qual está sendo realizada perante a UCI. Achamos essa a melhor opção, sendo que após todas as análises de dados, uma defesa no Brasil não seria viável, creio que vamos ter uma defesa mais justa lá fora, infelizmente. A defesa está em andamento e sob sigilo, ainda esperamos resolver esse imprevisto o mais rápido possível. Desde já, agradecemos a solidariedade de todos: amigos, atletas e empresários. O ciclismo sofre com essa notícia, mas não vamos medir esforços para conseguir o melhor fecho para o atleta. Esperamos que ao menos essa notícia infeliz deixe os amantes do ciclismo mais solidários e que todos os atletas possam ter uma condição digna de trabalho.”
OUTROS CASOS
No ano passado a UCI já havia incluído em sua lista de suspensões mais dois atletas do MTB brasileiro: Josemberg Montoya Nunes Pinho e Raphael Mesquita Mendes (o Catalão), que foram pegos em exames feitos durante a ultramaratona Brasil Ride 2015. Os atletas foram suspensos provisoriamente pelo uso de Stanozolol metabolite e Oxandrolone (Raphael Mesquita) e 19-norandrosterone 19-noretiocholanolone (Montoya).
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