Luana Demosthenes, de 24 anos, trocou coletivos por bike há seis meses. Universitária mora na Zona Oeste e estuda na Zona Centro-Sul de Manaus.
Por: G1.com
O que antes era apenas lazer acabou virando o meio de transporte da universitária Luana Demosthenes, de 24 anos. A demora dos ônibus na Zona Oeste fez a estudante optar pelas bicicletas para ir a faculdade, situada na Zona Centro-Sul de Manaus. Ao todo, ela percorre 32 quilômetros em dias alternados da semana. Entre a vasta lista de benefícios após a iniciativa, ela destaca: "economizo meu tempo e ainda me sinto mais disposta".
Luana mora no bairro Tarumã e estuda na Avenida Darcy Vargas, no bairro Chapada. A opção de pedalar quilômetros até até a faculdade surgiu de um aborrecimento. "Nós nos mudamos para cá [Tarumã] e ônibus aqui é muito complicado. Demora muito, tem aquela incerteza de horário e eu ficava chateada com aquilo. Pensava: se eu tivesse de bike, já estaria próximo a faculdade", contou.
O primeiro teste para a nova rotina ocorreu há seis meses. De bike, ela passou a percorrer 16 km para chegar à faculdade e outros 16 para voltar para casa. O trajeto que de ônibus levava 1h30, passou a durar cerca de 50 minutos para ser finalizado.
Desde então, Luana conta ter colhido bons frutos da mudança. "De ônibus eu chegava estressada. De bike eu chego com energia, fico mais concentrada, mais disposta, o que melhorou meu desempenho acadêmico. Fora a perda de gordura e ganho de massa muscular", disse.
Desafios
Dividir uma avenida com carros, motocicletas, ônibus e caminhões não é "tão fácil quanto andar de bicicleta", conforme já diz a fala popular. A tensão do momento foi o primeiro desafio a ser vencido por Luana, que diz reparar uma mudança de hábito dos condutores. É a pouca infraestrutura do sistema de trânsito uma das maiores "pedras nos pneus", segundo a universitária.
"É ilógico dizer que Manaus tem estrutura para os ciclistas. Não se pode dizer que aquilo na [Avenida] Boulevard é uma ciclovia, porque aquilo liga nada a lugar nenhum. Existem várias coisinhas que podem ser feitas, como compartilhar a Faixa Azul, o que já acontece em outras capitais. Podem ser criadas ciclovias onde existem altos índices de acidentes. São várias estratégias viáveis, só basta querer olhar pelo ciclista", apontou.
Para a universitária, a Manaus perfeita para os ciclistas teria, além de boa estrutura, muitas árvores ao longo das avenidas. "Não facilitaria só para a gente, mas para todos e para o meio ambiente. Manaus está no meio da floresta e é a capital menos arborizada do Brasil. Com mais árvores teríamos mais sombras e o percurso ficaria bem mais agradável", disse, ao sugerir a implantação de mais bicicletários pela cidade.
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