A carga de impostos aplicada no Brasil faz com que 72,3% do valor de uma bicicleta sejam destinados apenas para cobrir os tributos aplicados sobre ela. Em consequência disso, os preços ficam mais altos, dificultando a comercialização.
As bicicletas ganham cada vez mais espaço nas ruas. Mas, mesmo que aos poucos a estrutura venha melhorando, os ciclistas ainda cobram os incentivos fiscais para que os preços diminuam e as bikes se tornem cada vez mais acessíveis a toda a população brasileira.
Em entrevista ao site Via Trolebus, o consultor em mobilidade urbana, ciclista e diretor da Ciclocidade, Daniel Guth, explicou que o preço competitivo é essencial para popularizar a bicicleta como uma opção ao transporte nas cidades.
Segundo o especialista, a carga de impostos aplicada no Brasil faz com que 72,3% do valor de uma bicicleta sejam destinados apenas para cobrir os tributos aplicados sobre ela. Em consequência disso, os preços ficam mais altos, dificultando a comercialização.
Quando os números são analisados em termos globais, o Brasil aparece em posição de destaque. “Hoje o Brasil é o 3º maior produtor de bicicletas do mundo, perdendo apenas para China e para a Índia. É o 5º maior consumidor de bicicletas no mundo, representando uma fatia de 4,4% do mercado internacional. No entanto, quando observamos o consumo per capita de bicicletas, caímos para a 22ª colocação, o que significa um mercado emergente e um potencial de crescimento enorme. Calcula-se que o Brasil tenha entre 50 e 70 milhões de bicicletas. Ou seja, há quase 75% de brasileiros sem bicicleta, que é um índice preocupante”, informou Guth na entrevista.
Comparado a isso o consultor coloca todas as facilidades proporcionadas à indústria automobilística, que, em consequência da manutenção da economia nacional, recebe constantemente redução de impostas e incentivos diversos para aumentar a produção e reduzir os preços.
Para driblar os impostos, muitos fabricantes de bicicleta acabam na informalidade. Segundo Guth, o percentual de empresas atuando desta forma em território nacional é de 40%. “O que evidencia mais ainda o desconhecimento da União sobre o setor das bicicletas, pois um amplo processo de desoneração tributária representaria, ao mesmo tempo, um aumento imediato nas vendas, maior formalização e aumento de arrecadação em
Fonte: CicloVivo
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