Estes sete destinos de viagem ficam muito mais legais de bike, como revela a apresentadora e viajante profissional Flávia Vitorino. Confira porquê:
1- Parque Nacional Aparados da Serra (Cânion Itaimbezinho)
ONDE Cambará do Sul (RS)
PERCURSO 90% terra + 10% asfalto
DISTÂNCIA 35 km
Saindo da cidade de Cambará do Sul em direção ao Parque Nacional Aparados da Serra, são cerca de 20 km de estrada de terra, que incluem entre seus desafios boas subidas e descidas poderosas. Essa é a hora de suar a camisa, uma vez que a parte mais cênica e incrível está dentro do parque – e merece que você dê paradas estratégicas para admirar a beleza da natureza. Da entrada até os cânions, você vai pedalar pelo asfalto durante 4 km; e aí se prepare para uma sensação de deslumbramento.
Diante de seus olhos, desdobram-se gargantas rochosas com centenas de metros de profundidade, cobertas de mata atlântica e araucárias. Ali, à beira das gargantas, a gente se sente uma formiga. Nesse trecho, existem duas trilhas: uma bem curtinha de 2 km até o mirante da mítica cachoeira Véu da Noiva (com impressionantes 300 metros de queda) e outra de 6 km em meio à mata até o Mirante do Cotovelo. Vale deixar a bike por alguns momentos e dar uma explorada a pé.
2 – Downhill Vulcão Haleakala
ONDE Maui, Havaí (EUA)
PERCURSO 100% asfalto
DISTÂNCIA 58 KM
A primeira pergunta que virá à sua mente ao embarcar nessa aventura havaiana provavelmente será: ‘Por que só descer?’. Bom, até dá para encarar trechos de subida nesse roteiro, mas a grande diversão é mesmo o longo downhill. Acredite, é uma experiência única, maravilhosa. A ideia desse pedal é fazer a subida de carro na noite anterior, para ter a chance de admirar o nascer do sol na Cratera Haleakala. De carro até lá, são 3.048 metros de altimetria acumulada, saindo do nível do mar – uma subida nada fácil, mesmo com a ajuda de um veículo motorizado, pois o ar mais rarefeito depois dos 2.000 metros já se faz sentir.
Ao amanhecer, à medida que o horizonte começa a ficar vermelho, depois gradualmente laranja e amarelo, a beleza lunar da Cratera Haleakala vai revelando suas sutilezas. Dali, você pode curtir em movimento o visual deslumbrante dos 58 km de descida até a areia da praia de Pai’a. É uma loucura: um downhill no asfalto que começa acima das nuvens, com uma variação de 20ºC de temperatura e que termina na areia à beira do oceano. Lá em cima, um frio danado castiga a pele. Mas, no fim, um mergulho no mar refresca a alma, em um calorzão de 30ºC.
3 – Quedas do Rio dos Couros
ONDE Chapada dos Veadeiros (GO)
PERCURSO 80% terra + 20% asfalto
DISTÂNCIA 47 KM
O começo desse passeio belíssimo pela natureza de Goiás se dá em Alto Paraíso, em uma região com diversas alternativas de pedal. Você pode ir cada dia para um lado diferente e
nunca se cansará de admirar a paisagem única da região. Mas um dos melhores rolês, sem
dúvida, é a trilha das Cataratas dos Couros. São 16 km de asfalto e depois mais 35 km de terra. Portanto, chegando lá, você vai encontrar um conjunto de cachoeiras, poços e corredeiras e até grutas. É bem o retrato da Chapada dos Veadeiros, com predominante vegetação de cerrado. Deixe a bike de lado por algumas horas para explorar a pé as redondezas. Entre todas as quedas, minha preferida é a Cachoeira do Parafuso.
4 – Laguna Margarita
ONDE Ushuaia (Argentina)
PERCURSO 80% terra + 20% gelo
DISTÂNCIA 25 ou 40 KM
Localizada na Patagônia argentina, Ushuaia é a cidade mais austral do planeta e por isso
mesmo ganhou o apelido de Fim do Mundo. Banhado pelas águas do famoso Estreito de
Beagle, o isolado vilarejo guarda muitas atrações em seu entorno, além de hotéis e restaurantes bacanas para você se esquentar depois de um dia de aventuras austrais. Das coisas que mais imaginei fazer em Ushuaia, confesso que pedalar não estava, a princípio, na lista original. Porém me surpreendi com a experiência. O grande diferencial aqui foi a grata surpresa de pedalar na neve, usando pneus especiais (com pregos). Ah, que visual!
O caminho que leva à Laguna Margarita tem uns 25 km de sobe e desce em uma estrada de terra congelada que chega à Rota 3, a principal da região. É um lindo lago de origem glacial, de cor esverdeada e cheio de trutas. Esse passeio pode se estender por mais 15 km se você resolver sair pedalando já dos pés do Lago Fagnano, passando por um trechinho de (subida) de asfalto.
5 – Zion Park
ONDE Utah (EUA)
PERCURSO 80% terra + 20% asfalto
DISTÂNCIA Cerca de 20 km por dia
O Zion Park é um lugar para se ficar, no mínimo, uns três dias pedalando. As cores de lá impressionam. A luz dourada do sol reflete os tons ocres das rochas nas elevações, simulando um pantone de vermelhos. Os cânions são inacreditáveis. Os poços verdes que se formam entre alguns pontos alagados e o jogo de desenhos nas rochas é surreal. As elevações em desfiladeiros variam de 1.200 até quase 2.750 metros no ponto mais alto.
Utah abriga no total cinco parques nacionais, e o Zion é o mais antigo. Partindo do Watchman Campground, dentro do parque existem três trilhas que indico para
pedalar: Gooseberry Messa, JEM e The Whole Guacamole Trail Head. Todas elas técnicas, com altimetria considerável e cerca de 20 km de distância cada uma.
6 – Vulcão Terevaca
ONDE: Ilha de Páscoa (Chile)
PERCURSO: 80% terra + 20% asfalto
DISTÂNCIA 50 KM
A Ilha de Páscoa fica no meio do Oceano Pacífico, a 3.700 km da costa chilena e a 4.000 km do Taiti. De Santiago até lá são cinco horas de voo – e a melhor forma de se conhecer a ilha é, sem dúvida, pedalando. Partindo de Hanga Roa (a única cidade de lá), rola um pedal que vai até os famosos sete moais de Ahu Akivi, as estátuas gigantes típicas do lugar. Depois sobe até a cratera do vulcão Maunga Terevaca, o mais alto da região, com 509 metros de altitude. De lá é possível ver a curvatura da terra e observar toda a paisagem, em uma visão 360 graus. A descida se dá por outro caminho, tendo como destino final a praia de Anakena, onde você pode admirar mais alguns moais lindos, bem próximos ao mar.
7 – Vale do Céu e Serra Branca
ONDE Serra da Canastra (MG)
PERCURSO 100% estrada de terra
DISTÂNCIA 35 KM
De todos os lugares que eu já fui no Brasil, o melhor parque de diversões para mountain bike é, disparado, a Serra da Canastra. Berço do rio São Francisco com paisagens emocionantes, ela ainda tem a vantagem de ficar perto de cidades como São Paulo, onde moro. Ali, há pedais para diferentes níveis, com terrenos variados e visuais que mudam a todo momento. Dos que fiz por lá, o mais legal foi saindo do Vale do Céu por uma estradinha de terra bem acidentada, pela qual você chega ao Mirante da Serra Branca. Mais 3 km à frente está o Chapadão da Babilônia, onde você pedala em um vale que abriga a maior jazida de diamante do mundo.
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