O misto de app de atividades físicas e rede social de atletas apresenta os dados de 2019, apontando ainda que os homens usam mais a bicicleta para locomoção do que as mulheres
O ser humano é um ser social inclusive quando resolve deixar o sedentarismo de lado. Tanto que 45% das pedaladas, no Brasil, são feitas em grupo. Além disso, quando estão acompanhados, os ciclistas percorrem distâncias duas vezes maiores do que as que completam quando estão sozinhos, em média. Esses são alguns dos dados revelados pelo relatório anual do Strava, divulgado nesta quarta-feira (11/12) com indicativos sobre motivação para praticar atividades físicas e os hábitos dos brasileiros em relação à prática de esportes. O misto de app de atividades físicas e rede social de atletas amadores e profissionais chega ao seu décimo aniversário com 48 milhões de membros em todo o mundo, seis milhões deles no Brasil, o que torna suas estatísticas cada vez mais relevantes quando o assunto é se exercitar. No caso do relatório, foram analisados dados de Brasil, Estados Unidos, Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Espanha.
O início do horário de pico para corridas, durante a semana, é às 6h, enquanto o de pedaladas é às 8h. No entanto, quando se corre ou pedala em grupos, os atletas ganham ânimo para acordar mais cedo: o início do horário de pico de ambas as atividades, nesse caso, é às 5h. Acordar com as galinhas para se exercitar tem lá suas vantagens, como mais tempo disponível para as atividades, o que pode ajudar a explicar as maiores distâncias percorridas quando se está em grupo. Além disso, o grupo motiva. Um sinal disso é percebido na faceta rede social do app: os atletas publicam cerca de 10% a mais de atividades no mês após se inscreverem em um clube ou grupo esportivo.
Outro critério de motivação no esporte está no estabelecimento de objetivos. Entre os atletas do Strava que estabeleceram metas públicas em janeiro, 95% permaneciam ativos nove meses depois, em setembro. Já entre os que não estabeleceram metas, o percentual caiu para 87%.
A diversificação de atividades também chamou a atenção nos dados deste ano. Em 2015, 49,7% dos corredores só corriam, e 67,9% dos ciclistas só pedalavam. Hoje, esses números caíram para 39,8% e 47,2%, respectivamente. Houve um crescimento de 289% de ciclistas e corredores que também praticam musculação, de 74% entre os que também fazem yoga e de 67% entre os que também caminham.
Globalmente, as mulheres ciclistas costumam usar menos as suas bicicletas para deslocamentos diários do que os homens, com uma diferença negativa média de 6,6%. Mas, no Brasil, as estatísticas demonstram uma desigualdade ainda maior, de 24,6%, a maior entre os sete países analisados, o que pode ter explicações nas diferenças nas rotinas entre os gêneros, com as mulheres tendo que assumir mais tarefas domésticas no dia a dia, e no medo da violência nas ruas.
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