Aprenda a encarar a lama, areia e cascalhos nas trilhas sem perder o controle da bike
Por Gustavo Figueiredo Site Ativo/Prólogo
O contato próximo com a natureza é sem dúvida um dos grandes atrativos da prática do mountain bike. Esse privilégio, no entanto, também acaba sendo o grande desafio da modalidade. Isso porque o percurso é caracterizado por superfícies movediças, como lama, areia e cascalho, que dificultam o controle da bike, exigindo do atleta uma técnica apurada para vencer os obstáculos sem deslizes. Por isso conversamos com Christiano Grechi, mountain biker paulista que coleciona pódios em provas como 6 horas de MTB Vinac, MTB 12 Horas, Big Biker, GP Ravelli, entre outras.
NA LAMA
Aderência – Nesse tipo de superfície, procure o trecho mais aderente. O centro das poças é menos escorregadio que suas laterais. Pedras, cascalho e grama podem ser seus aliados na escolha da linha ideal para transpor o obstáculo.
Cadência – Mantenha uma rotação que permita acelerar sem trocar marchas. Ganhar velocidade rapidamente é importante em áreas escorregadias ou com lama profunda. Também é preciso estar atento ao terreno para antecipar a troca de marcha no caso de obstáculos que exijam uma relação mais leve e manter o controle da bike.
Peso – Se precisar de tração na roda traseira, sente-se no selim. Para mudar de direção, faça peso no guidão, aumentando sua estabilidade direcional. Uma boa opção é investir em uma bike com a traseira curta, o que coloca mais peso na traseira, melhorando a tração.
NA AREIA
Pneus – Assim como os tradicionais buggys que trafegam pelas dunas, na areia a bike deve contar com um bom par de pneus grandes, sendo os 2.25 os mais apropriados. A baixa pressão também ajuda nesse tipo de superfície.
Cadência – Na areia, a recomendação é manter uma cadência elevada, já que se trata de um terreno que requer força para ser transposto. Além disso, girar os pedais com velocidade e suavidade evita a perda de tração e facilita o equilíbrio.
Em linha reta – Mantenha o peso na traseira, o que ajudará a aumentar a tração na roda de trás e evitar o afundamento da roda dianteira na areia.
NO CASCALHO
Descendo – Cuidado com os freios, principalmente o dianteiro. Se a roda da frente travar, a bicicleta tem poucas chances de permanecer em pé. No cascalho solto, é natural ela dançar de um lado para o outro. Acostume-se com isso para evitar o pânico.
Frenagens – É importante antecipar as reduções de velocidade para evitar tombos. Outro detalhe para não perder o controle da bike é investir em freios potentes, com discos grandes, que garantem maior poder de frenagem.
Subindo – Com o peso para trás, pedale com muita suavidade para não patinar. Olhe para a frente e procure a linha que ofereça mais aderência. Se a subida for íngreme, evite empinadas projetando seu tronco sobre o guidão
(Reportagem publicada na revista VO2, edição #109 de Maio/Junho de 2015)
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