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Brasil Ride começa na oficina: como preparar a bike e o que levar

  • 09/10/2015

Disputar uma ultramaratona como a Brasil Ride exige, além de muita disciplina nos treinos, a preparação minuciosa da bike e dos equipamentos. Nesta 6ª edição, a corrida em sete etapas começa no domingo, 18 de outubro, e termina no sábado, 24 de outubro.


Fonte da Matéria: Bike Magazine por Marcos Adami

 

Disputar uma ultramaratona como a Brasil Ride exige, além de muita disciplina nos treinos, a preparação minuciosa da bike e dos equipamentos. Nesta 6ª edição, a corrida em sete etapas começa no domingo, 18 de outubro, e termina no sábado, 24 de outubro. Mas, para quem quer completar a prova sem dores de cabeça, a Brasil Ride começa muito antes, na oficina, com uma manutenção preventiva e direcionada para suportar as dificuldades. Afinal, são 600 quilômetros  de percurso e diversos tipos de terreno, como areia fofa, pedras, lama e trechos de asfalto.

É fundamental ter em mente que uma corrida da dimensão da Brasil Ride exige muito investimento, tanto financeiro, quanto de disciplina e treinamento. São meses e meses de treinamento duro que podem ir por água abaixo por conta de detalhes importantes no equipamento, alerta o mecânico Ulisses Dupas, expert em suspensões, que integrou em 2014 a equipe “Blue Angels” da Shimano. O gigante japonês dos componentes ciclísticos é parceira do evento e oferece o serviço de apoio neutro a todos os competidores.

“Cheguei a ver corredor que praticamente tirou a bike da garagem e foi para a prova. Vi também bikes com a relação gasta e pastilhas de freio meia-vida e que até mesmo os pneus estavam murchos momentos antes da largada. Um ciclista assim claramente não está preparado para enfrentar uma prova de sete etapas”, diz Dupas.

Brasil Ride começa na oficina: como preparar a bike e o que levar
out 06, 2015 Brasil Ride, Competições, Destaque


Só alegria na ultramaratona Brasil Ride de 2014 Foto: Sportograf
Marcos Adami / Do Bikemagazine
Fotos: Marcos Adami e de divulgação

Disputar uma ultramaratona como a Brasil Ride exige, além de muita disciplina nos treinos, a preparação minuciosa da bike e dos equipamentos. Nesta 6ª edição, a corrida em sete etapas começa no domingo, 18 de outubro, e termina no sábado, 24 de outubro. Mas, para quem quer completar a prova sem dores de cabeça, a Brasil Ride começa muito antes, na oficina, com uma manutenção preventiva e direcionada para suportar as dificuldades. Afinal, são 600 quilômetros  de percurso e diversos tipos de terreno, como areia fofa, pedras, lama e trechos de asfalto.

É fundamental ter em mente que uma corrida da dimensão da Brasil Ride exige muito investimento, tanto financeiro, quanto de disciplina e treinamento. São meses e meses de treinamento duro que podem ir por água abaixo por conta de detalhes importantes no equipamento, alerta o mecânico Ulisses Dupas, expert em suspensões, que integrou em 2014 a equipe “Blue Angels” da Shimano. O gigante japonês dos componentes ciclísticos é parceira do evento e oferece o serviço de apoio neutro a todos os competidores.

“Cheguei a ver corredor que praticamente tirou a bike da garagem e foi para a prova. Vi também bikes com a relação gasta e pastilhas de freio meia-vida e que até mesmo os pneus estavam murchos momentos antes da largada. Um ciclista assim claramente não está preparado para enfrentar uma prova de sete etapas”, diz Dupas.

 


PREPARAÇÃO

A bike deve ser completamente revisada – incluindo a suspensão e amortecedor traseiro se houver – e na medida do possível, componentes devem ser substituídos por novos. É o caso de cabos e conduítes de câmbio, corrente, pneus e pastilhas de freio. Outros componentes da relação como cassete e câmbios devem ser analisados com cautela. Lembre-se que serão 600 quilômetros em condições muito duras e que, se chover, a condição piora ainda mais. A combinação de câmbios com folgas nas articulações, corrente meia-vida, conduítes velhos e cabos oxidados é um prato cheio para problemas na transmissão.

Dupas recomenda dose dupla de selante para pneus tubeless. “Isso ajuda a vedar mais rápido e aumenta a capacidade de vedar furos um pouco maiores”, explica. A suspensão deve ser totalmente revisada e ir “zerada” para a prova. “Uma suspensão revisada, com peças novas, não precisa fazer nada durante a corrida. Só limpar as canelas com um pano seco e lubrificar o retentor da canela”.

Os freios a disco exigem atenção e é prudente trocar o fluido. “Com o tempo, o óleo fica contaminado e pode dar dar alteração no funcionamento e superaquecimento. Um óleo novo não vai dar problema”.

DICA: Teste a bike antes de viajar. Se você substituiu algum componente, fique atento e veja se está tudo funcionando perfeitamente. Teste os freios, a trava da suspensão, as trocas de marchas etc. Se notar algum problema você terá tempo de corrigi-lo.

 

O QUE LEVAR

É importante levar algumas peças sobressalentes, além de ferramentas e material de limpeza e lubrificação.

  • Gancheira – Verifique o modelo específico para sua bike
  • Uma câmara de ar cada um
  • Aplicador e cartuchos de CO2
  • Bomba
  • Canivete multiferramentas
  • Chave de corrente (pode ser incluída no canivete)
  • Espátula
  • Presilhas do tipo zip tie
  • Elos de corrente do tipo “Power Link” – Fundamentais em reparos de emergência
  • Lubrificante para a corrente – Leve uma embalagem de 10 ou 15ml (ex.: Novalgina gotas)

* Itens que devem ser levados a cada etapa e que pode ser dividido com o parceiro para não pesar. Teste as ferramentas e a bomba antes de viajar

 

E MAIS

  • Bolsa de selim ou de quadro – Úteis para não pesarem na mochila
  • Escovas de limpeza – Tenha de vários formatos e tamanhos
  • Detergente biodegradável – Fundamental para a limpeza depois de cada etapa
  • Pelo menos 2 câmaras de ar – Leve uma com você, guarde a outra
  • Chave de raio – Raramente se utiliza, mas é bom ter
  • WD40 – Para limpar e desengripar peças que travaram
  • Lubrificante do tipo XC – Para lubrificar partes articuladas de câmbio, retentor externo da suspensão etc
  • Lubrificante para corrente – Prefira o tipo seco de longa duração com o sulafricano Squirt
  • Mochila de hidratação – Fundamental para as etapas mais longas
  • Pneus extras – O solo rico em pedras costuma cortar pneus. Leve um par de pneus reserva com outro desenho de banda de rodagem. No geral, prefira pneus com cravos altos, carcaça robusta e resistente a cortes laterais
  • Bomba de pé (chão) – Facilita a calibragem e evita problemas na válvula
  • Pastilhas de freio – Leve pelo menos 3 pares. Se chover pode ser necessário um par por etapa
  • Cabos – São baratos e não ocupam espaço. Vale a pena levar
  • Selante – No caso de furos, será importante completar o nível
  • Raios – Verifique o modelo específico para suas rodas e tenha um par de reserva
  • Fita Silver Tape – Um quebra-galho com múltiplas aplicações
  • Sapatilhas – Leve um par de reservas (não precisa ser nova). Pode acontecer de quebrar ou descolar o solado ou ficar encharcada
  • Coroa extra – Especialmente indicado para quem usa relação 1×11. Leve uma outra coroa de relação mais leve para o caso das pernas cansarem mais que o planejado

 

LIMPEZA PÓS ETAPA

Depois de cada etapa, a bike precisa de atenção especial para suportar o próximo dia. Na chegada, o posto de serviço da Muc-Off oferece lavagem grátis, mas é preciso disposição de encarar a fila. Dá também para lavar a bike em outros lugares, como casas de moradores e alguns hoteis e pousadas oferecem essa facilidade.

Mas nem sempre é necessário lavar a bike. Numa etapa sem chuva, muitas vezes basta limpar bem a relação e as canelas da suspensão e lubrificar a corrente para que a bike esteja pronta. “Vi muitos atletas profissionais que desmontam a bike praticamente toda depois de cada etapa. Desmontam totalmente o cassete, as roldanas, a caixa de direção, o pedivela e o movimento central etc. Acho desnecessário na maioria dos casos, já que, a princípio, você foi para o Brasil Ride com sua bike totalmente revisada e com componentes novos”, diz Dupas.

A limpeza a seco pode ser feita em qualquer lugar, até mesmo num cantinho na área de camping. Use panos, escovas e o detergente biodegradável para ser aplicado na relação e nas partes necessárias.

Entretanto, se a etapa for sob chuva, o cenário muda completamente. Após uma longa etapa com lama, a lavagem precisa ser mais cuidadosa e a revisão muito mais detalhada. Com chuva, é bem possível que seja necessário substituir as pastilhas, limpar e lubrificar os cabos, sacar o pedivela para limpar, limpar e engraxar a caixa de direção e outras verificações.

Depois da bike limpa e lubrificada, verifique com atenção o funcionamento dos câmbios, o estado das pastilhas de freios, o funcionamento da suspensão bem como o mecanismo das travas dos amortecedores, se houver. Se notar qualquer alteração, leve sua bike para o serviço de apoio neutro da Shimano e peça ajuda. Olhe com bastante atenção os pneus. Verifique e retire objetos estranhos na banda de rodagem como vidros e espinhos e calibre se necessário.

 

OUTROS ITENS

Além do material da bike, dos componentes e de todo o vestuário técnico, o ciclista deve fazer o planejamento do que levar para alimentação, hidratação e suplementação como BCAA, energéticos, isotônicos e guloseimas favoritas.
Não esqueça também de levar seus remédios habituais e o estojo de primeiros socorros, com um material básico.

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