Na hora de adquirir uma bicicleta, algumas dúvidas nos assombram: Devo adquirir uma bicicleta com suspensão dupla ou uma hardtail? Qual o diâmetro de roda indicada, 26, 27,5 ou 29 polegadas?
Na hora de adquirir uma bicicleta, algumas dúvidas nos assombram: Devo adquirir uma bicicleta com suspensão dupla ou uma hardtail? Qual o diâmetro de roda indicada, 26, 27,5 ou 29 polegadas?
Não bastasse isto, no caso das mulheres vem ainda uma outra pergunta: É melhor adquirir uma bicicleta específica para mulheres ou uma bike convencional terá um desempenho melhor?
Para tentar responder a estas perguntas, vamos identificar as necessidades que existem e as suas respectivas opções de solução.
As mulheres necessitam de um quadro de bicicleta específico?
A resposta que grande parte dos fabricantes darão a esta pergunta é sim, sendo que um dos grandes defensores desta postura é a gigante Trek, com sua linha WSD (Women?s Specific Desing), seguida de outras marcas, como a Specialized e a Scott.
A justificativa é simples: o corpo de uma mulher é bastante distinto em muitos aspectos em relação ao de um homem, principalmente na proporção da longitude entre a perna e o torso (as mulheres possuem as pernas mais largas e o torso mais curto), uma maior largura nos quadris, menor largura nos ombros, menor comprimento dos braços e tamanho das mãos. Só este argumento seria suficiente para decidir-se por adquirir uma bike específica para mulheres?
Sob nosso ponto de vista, é muito mais do que suficiente, por motivos de conforto e segurança; ao se projetar bicicletas que ?encaixem? nas medidas femininas, são evitadas posturas forçadas ou incômodas, como manter os braços completamente esticados com o corpo projetado para trás (tendo por consequência dores lombares).
Atualmente, grande parte das marcas de bicicleta possuem modelos voltados às mulheres em seus catálogos, desenvolvidos com geometria especial de quadro e acompanhadas de uma montagem de componentes especiais para as mulheres.
Os componentes
Não é só o quadro que deve ser adaptado às reais necessidades da anatomia feminina. Alguns componentes utilizados em bikes convencionais podem se tornar fonte de desconforto, principalmente em trilhas mais longas. Vamos conferi-los de perto:
Guidão - Uma queixa frequente entre as garotas que praticam o mountain bike é a dormência nas mãos. Isto pode ser causado pelo guidão excessivamente largo, que obriga a ciclista a ficar debruçada sobre o mesmo. As mulheres possuem ombros mais estreitos que os homens, e por isto precisam de guidões menores. Como ponto de partida (a medida exata deverá ser determinada em um bike fit), um guidão deve ter seu tamanho máximo de, entre 8 a 10cm a mais em relação a largura dos ombros do(a) ciclista. Caso seu guidão esteja muito acima desta medida, peça para seu mecânico de confiança para serrá-lo alguns centímetros (muitos guidões já vem com gabarito impresso para o corte).
Manete de freio - Aqui trata-se apenas de uma questão de ajuste e não de substituição de componentes: O posicionamento das manetes de freios deve ser proporcional ao tamanho das mãos. Ajuste -as para ficar mais próximas do guidão, facilitando assim seu manuseio e prevenindo dores em articulações.
Selim - Nas mulheres, o posicionamento dos ossos isquios (ossos que constituem a zona inferior do quadril, que apoiam o corpo quando estamos sentados) é mais aberto do que nos homens. por isto, mulheres precisam de selins mais largos do que os homens.
Se a sua bicicleta não for um modelo específico feminino, considere a troca do selim por um modelo que lhe proporcione um melhor conforto. Existem no mercado uma infinidade de selins específicos para mulheres, como os Selle Italia Lady e Diva; e os Specialized Ariel e Riva.
Pedivela - Devido a geometria mais curta do quadro, muitas mulheres poderão melhorar seu desempenho utilizando um pedivela com a medida de 170mm ao invés do modelo com 175mm das bicicletas convencionais.
Full suspension ou hardtail?
Esta é uma dúvida que atinge não somente as mulheres, mas todos que praticam o mountain bike. Muitas pessoas ainda associam equivocadamente bicicletas com duplo amortecimento (full suspension) com descidas íngremes apenas. A verdade é que elas são uma excelente opção para todo tipo de trilhas. Mais pesadas e mais caras que as bicicletas com suspensão dianteira apenas (hardtails), as full suspensions entretanto, dão um incremento exponencial em termos de conforto e segurança nas pedaladas em trilhas. As bicicletas hardtails são mais leves e possuem um desempenho superior em estradões e pistas asfaltadas e, via de regra, vem com componentes superiores, se comparadas com bikes full suspension na mesma faixa de preço obviamente.
A decisão de se escolher este ou aquele modelo é puramente pessoal, sendo definida pelo tipo de mountain bike que praticamos. Se você pretende fazer rotas em terrenos montanhoso e trilhas repletas de pedras e tocos de madeira, a full suspension é a sua escolha natural. Se por outro lado você pretende fazer rotas mais rápidas e por caminhos menos acidentados, preocupando-se apenas em fazer um bom tempo de pedalada, o modelo rígido pode ser o mais adequado.
Qual o diâmetro de roda recomendável?
Esta questão tem provocado discussões calorosas entre os defensores dos três formatos existentes: Qual diâmetro de roda é o ideal?
Trilha
As bicicletas aro 26 polegadas vinham reinando absolutas desde o advento do moutain bike, com um ou outro fabricante vez ou outra experimentando novos formatos, mas sem o menor apelo comercial. Foi somente a partir do ano 2002, quando a Gary Fisher Bicycles, uma divisão da marca Trek, se tornou o primeiro grande fabricante a produzir um linha de biciletas aro 29.
Para complicar ainda mais, há alguns anos, o mercado passou a oferecer um formato de roda intermediário, o 27.5 polegadas, também conhecido por 650B. Este último formato parece ser a grande aposta dos fabricantes para o anos de 2014.
Mas afinal, quais as vantagens e desvantagens de cada formato?
Em relação aos seus concorrentes maiores, o aro 26 possui boa aceleração, menor peso. por outro lado, possui menor eficiência na absorção de impactos e menor aderência, por possuir menor superfície de contato com o solo.
Já os aros 29 possuem melhor dirigibilidade, ao preço de uma menor aceleração e maior peso.
Muitas mulheres planejam partir para as bikes 29ers, mas dão de cara com a limitação dos tamanhos de quadro. O fato é que hoje muitos fabricantes produzem quadros aro 29 compactos o suficiente para que teoricamente qualquer mulher possa encontrar bicicletas neste formato com uma geometria coerente com a sua anatomia.
O formato 27.5 surgiu como uma opção de compromisso entre os dois formatos e está sendo a grande aposta dos fabricantes. Para 2014, fabricantes como a Giant e a Santa Cruz lançam linha de modelos de bikes específicas para mulheres no formato 27.5 polegadas.
Fonte: MTB Brasília
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