Certificado Cadastur - Ministério do Turismo do Brasil - 26.064298.80.0001-2

Bicicletas ao Mar: de SP a Santos pela Serra do Mar

  • 13/10/2016

As bikes já invadiram as grandes cidades. Agora, aumenta o número de ciclistas interessados em saírem das capitais pedalando, fazendo do cicloturismo uma forma de conhecer novos lugares


As bikes já invadiram as grandes cidades. Agora, aumenta o número de ciclistas interessados em saírem das capitais pedalando, fazendo do cicloturismo uma forma de conhecer novos lugares. E perto de São Paulo existe uma rota fácil e reveladora que termina no litoral. Descobrimos o Desafio Bicicletas ao Mar, uma viagem de bike de São Paulo a Santos organizada por André Pasqualini, responsável pelo blog Bicicreteiro.org e um dos pioneiros na prática do cicloturismo no Brasil.

Ana Maria Destito, produtora executiva, uma dessas ciclistas apaixonadas por descobrir o mundo em cima da bike, encontrou o Desafio Bicicletas ao Mar no Facebook, fez contato e embarcou nessa trip no início de setembro. “A saída estava marcada para o Parque do Povo, no domingo cedo. Antes disso, já existia um grupo no Whatsapp e várias conversas e treinos preparatórios rolando… Eu não tive tempo de participar de nenhum, mas já tenho bastante experiência em pedalar, tanto na cidade como em trilhas”, conta Ana Maria.

Confira o relato dessa ciclista aventureira que levou a bike até a areia da praia após 110 km pelo Parque da Serra do Mar adentro.

Sobre a descida pra Santos de bike – saída de São Paulo, dia 4 de setembro

“No domingo saí cedo de casa. O grupo se concentrou no Parque do Povo e logo saímos para a ciclovia da Marginal. Éramos por volta de umas 50 pessoas. Liderando o grupo estava o André, que organizou tudo. No final da ciclovia, houve uma pequena parada para juntar o grupo e agregar outros ciclistas que estavam lá esperando. Pausa para o banheiro. Conheci o Leonardo, um senhor de 62 anos que estava indo de Caloi 10, com um capacete de moto e uma caixinha de ferramentas amarrada na bike, com o lanche dele. Ah, ele também usava um sapato estilo dockside. Muito preparado.

Pegamos um trecho de ciclovia e depois caímos sentido Grajaú. Nesse trecho, pedalamos pela rua. Muitas subidas e descidas, alguns ciclistas já apresentando cansaço. Como gosto de pedalar forte e em subidas, ia sempre puxando o grupo. Como fui sozinha, fui observando cada um… Toda hora tínhamos que parar pra reunir o grupo e esperar o último. Pedalamos até a beira da Represa Billings, onde chega uma balsa. Do outro lado fica a Ilha do Bororé, uma comunidade rural.

O chão é asfaltado, mas cheio de pequenas chácaras, cachorros, galinhas, crianças na rua vendo os ciclistas passando. Todos ficavam nos observando e desejando uma boa pedalada. Tinha até uma casa EcoAtiva, um tipo de centro de sustentabilidade que eu não sabia que tinha por ali. Fizemos uma parada numa padaria comunitária, por volta de meia hora, para comer. É bem cicloturismo mesmo.

Bolos baratos e num tamanho absurdo de grande. Essa parada foi boa pra conversar e conhecer os ciclistas. Pedalamos cerca de 10km depois, pegamos mais uma balsa e, então, a estrada passou a ser de terra. Muita subida e descida. Eu não saí da bike em nenhuma delas e enfrentei o terreno acidentado em cima da magrela.

Pegamos uma última balsa até Riacho Grande e, de lá, pedalamos um trecho de asfalto na Estrada Cacique Tibiriça. Como estávamos parando muito antes, um grupo preferiu esperar um pouco mais e comer, e outro grupo, eu incluída, preferiu continuar.

Chegamos na entrada do Parque Nacional da Serra do Mar. Já tínhamos pedalado 80km até aí. Para entrar no parque é preciso pagar uma taxa de R$ 28. De lá, mais 9 km de descida, passando por construções antigas, monumentos, cachoeiras e um mirante lindo. Descemos parando pra fazer fotos.

Terminada a descida, começamos a pedalar em Cubatão. É o trecho mais puxado, pois depois de muito tempo sentada na bike, começam os desconfortos: dor aqui e ali, mas nada que impedisse de continuar pedalando. Chegando em Santos, já  vi muita gente cansada e querendo parar direto na rodoviária. Eu fui até a areia porque, enfim, pedalar até lá e não ver nem o mar não tem muita graça.

O povo foi chegando aos poucos, alguns indo até o mar molhar os pés e outros indo comer. Não foi tanto cansativo pelo esforço físico, mas, sim, pelo tempo, pois diversas vezes paramos para esperar o grupo se juntar. Mas isso não atrapalha em nada a energia da pedalada: até fortalece esse espírito de equipe e de união tão importante nos dias de hoje.

Valeu a pena, foi um domingo diferente.”

 

Ah, e pra concluir e voltar pra SP, diferente do que todo mundo pergunta, depois de pedalar quase 110 kms, a volta não é pedalando… “Fomos para a rodoviária, pegamos um ônibus até o Jabaquara e de lá, fui pedalando até em casa. Cansou? Sim, mas vale a pena conhecer, suar a camisa, sair do sofá e pedalar até o mar”, conclui Ana Maria.

 

Quer saber mais sobre o Desafio? Veja como foi o caminho de bike, no mapa disponível  aqui. 

Próximo Desafio Bicicletas ao Mar: https://www.facebook.com/events/1003586113094428/   

 

Por: CAMILABROGLIATO - Site Ativo.com

Compartilhe

Curta nossa Fan Page

ACESSE O SITE

Ainda não possui conta? Clique aqui para se cadastrar!

Esconder

Recuperar senha?

Perdeu a senha? Informe o seu e-mail. Você receberá um link para recuperar a senha.

Mensagem de erro!



Voltar para login

Fechar