Certificado Cadastur - Ministério do Turismo do Brasil - 26.064298.80.0001-2

Caminho de Cora Carolina

  • 13/07/2020

O Caminho de Cora Coralina é uma trilha de longo curso com aproximadamente 300 quilômetros de extensão, que cruza as cidades históricas de Corumbá de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá e a Cidade de Goiás, abrangendo também os municípios de Cocalzinho de Goiás, Itaguari e Itaberaí.


O CAMINHO

O Caminho de Cora Coralina é uma trilha de longo curso com aproximadamente 300 quilômetros de extensão, que cruza as cidades históricas de Corumbá de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá e a Cidade de Goiás, abrangendo também os municípios de Cocalzinho de Goiás, Itaguari e Itaberaí. Idealizado em 2013, o projeto teve como propósito interligar os municípios, povoados, fazendas e atrativos, passando por antigos caminhos, numa rota turística para Caminhantes e Ciclistas.

O nome desse roteiro é uma homenagem a essa grande poetisa goiana, Cora Coralina, nascida e criada nessa região. 

Para a definição do traçado tomou-se como principais fontes documentais o relato de viagem “A Jornada a Goiás de Luís da Cunha Menezes, desde Salvador, em 1778”, quando este veio empossar-se no Governo da Capitania de Goiás; os livros “Viagem à Província de Goiás” e “Viagem ao Interior do Brasil” dos naturalistas Auguste de Saint’Hilaire e Johan Emanuel Pohl respectivamente, que passaram por esses caminhos entre 1818 e 1821; “Viagem às Terras Goyanas”, de Oscar Leal, extraordinário relato escrito nos anos 1880; e o “Relatório Cruls” – Relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil que explorou, entre 1892 e 1893, uma ampla região do entorno do Distrito Federal para definir a localização da nova Capital do Brasil.

Foi, também, de fundamental importância para a definição do traçado as informações obtidas de moradores locais que, em alguns casos, acompanharam a equipe de pesquisa de campo nas expedições exploratórias em busca de locais citados nos documentos, ou em longos bate-papos onde a tradição oral difundia fatos e feitos ocorridos na região.

Em 2017 foi retomada a implementação do Caminho de Cora Coralina pela Goiás Turismo – Agência Estadual de Turismo que ofereceu apoio em sua estruturação através do Programa Experiências na Natureza, viabilizando a inclusão dos Parques Estaduais e outras Unidades de Conservação no roteiro, mobilizando as comunidades locais e dando os primeiros passos para a organização da Associação Caminho de Cora Coralina. Ao mesmo tempo o ICMBio projetava os caminhos de longo curso pelo Brasil afora, contemplando o Caminho de Cora como a parte mais ocidental do Caminho dos Goyazes que ligará a Chapada dos Veadeiros a Cidade de Goiás num roteiro de mais de 1000 km.

Hoje o roteiro Caminho de Cora Coralina encontra-se consolidado, atendendo a caminhantes e ciclistas com pousos e alimentação ao longo de todo o seu percurso, tem uma associação formalizada com mais de 30 empreendedores e conta com mais de meia centena de colaboradores e voluntários que oferecem apoios em diversas áreas, cumprindo a missão de transformar o Caminho de Cora Coralina num roteiro de história, natureza, gastronomia e poesia. Um Caminho de Encontros!

É possível ler alguns dos poemas de Cora em placas espalhadas pelo caminho e se deliciar com suas palavras simples e fortes. Para quem não a conhece, ela foi uma escritora muito além de seu tempo, publicou seus próprios livros, o primeiro com 75 anos de idade. Outras curiosidades sobre a escritora: ela cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1922 foi convidada a participar da Semana de Arte Moderna mas foi impedida por seu marido. Foi eleita com o “Prêmio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores, como intelectual do ano de 1983.

 

O QUE ENCONTRAR 

  

  

  

PASSAPORTE DO CAMINHO DE CORA CAROLINA

O registro de toda sua história

O Passaporte do Peregrino é um registro exclusivo da sua experiência pelo único caminho de poesias do mundo. A cada novo carimbo adquirido escreve-se uma nova página da história de aventura vivida no Caminho de Cora Coralina, recordações para a vida toda. 

Para que serve?

O Passaporte é um documento que serve para identificar o usuário que percorre o Caminho de Cora Coralina, a pé ou de bicicleta. Além disso, é nele que você vai marcar os lugares por onde passou, comprovando que realmente fez todo o trajeto. Estas marcações são feitas com carimbos. 

Regras do passaporte: 

  • O passaporte deverá ser carimbado nos pontos de carimbo informados no site.
  • Para recebimento do certificado de conclusão é necessário ter ao menos:
  1.  carimbo por cidade
  2. 1 carimbo por povoado
  3. 1 carimbo do Museu Casa de Cora Coralina
  • A retirada do certificado será apenas por meio digital conforme instruções no site.
  • Passaportes não preenchidos e/ou assinados não serão certificados. 

O passaporte é individual e é cobrado uma taxa de manutenção.

  

CIDADES

  • Corumbá de Goiás
  • Cocalzinho de Goiás
  • Pirenópolis
  • São Francisco de Goiás
  • Jaraguá
  • Itaguari
  • Itaberaí
  • Goiás


POVOADOS

  • Caxambu
  • Radiolândia
  • Vila Aparecida (Chapeulândia)
  • Alvelândia
  • Palestina
  • São Benedito (Olhos D’Água)
  • Calcilândia
  • Ferreiro

 

O PERCURSO

 

  • Trecho 1: Corumbá – Salto de Corumbá (14,5km)

Este trecho tem início na Praça da Matriz de Corumbá de Goiás, em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha de França, indo até o Salto de Corumbá. Percorre ruas tradicionais da cidade, mostrando os casarões coloniais, seguindo pela Cava, antiga trilha que faz parte do cenário das primeiras explorações de ouro ocorridas na região.
Segue cruzando o bairro Dona Feliciana onde, ao final, inicia o caminho por estrada de terra até o km 11, percorrendo daí até o Salto de Corumbá pelo acostamento da BR 414 por 4,5 km. Este trecho requer muito cuidado, pois a BR 414 é muito movimentada, ande sempre no sentido oposto ao trânsito de veículos.
O Salto de Corumbá oferece hospedagem, alimentação e uma ampla área de recreação e natureza, além do imponente salto.

  • Trecho 2: Salto de Corumbá – Pico dos Pireneus (12,7km)

O Caminho margeia o Salto de Corumbá, cujas águas formavam um grande poço que, de tanto ouro depositado no fundo, levou os exploradores a desviarem o rio e abrirem um canal para esgotá-lo, possibilitando a retirada do precioso metal.

A entrada no Parque Estadual dos Pireneus se dá pelo município de Cocalzinho, próximo à Missão Vida na Fazenda do senhor Gilberto, a entrada deve ocorrer até às 16h. Daí, os visitantes se deparam com formações rochosas em arenitos e quartzitos, datadas do período pré-cambriano, cruzam o Cerrado Rupestre até chegar ao Pico dos Pireneus, a 1385 metros de altitude, onde há uma capela dedicada à Santíssima Trindade. Do cume é possível avistar em 360 graus o Parque, as cidades de Cocalzinho, Corumbá de Goiás e Pirenópolis, e até onde a vista alcançar. A descida deve ser feita até às 17h. Aqui você deverá ter apoio para o resgate ou seguir até um ponto de hospedagem ou alimentação.

  • Trecho 3: Pico dos Pireneus  – Pirenópolis (24,4km)

Um dos trechos mais ricos em paisagens e águas e o mais bem estruturado em apoios aos caminhantes. Cruza aproximadamente 11 quilômetros do Parque Estadual do Pireneus, transpõe o Divisor Continental de Águas, que separa as bacias platina e tocantinense, e segue rumo a Pirenópolis por antigas estradas e trilhas em meio ao Cerrado.

O Parque Estadual da Serra dos Pireneus apresenta intrigantes formações rochosas datadas de mais de 1 bilhão de anos, muitas espécies endêmicas do Cerrado e é abrigo de uma variedade de animais e aves, entre elas a águia-chilena.

Ao longo do Caminho de Cora Coralina, existem diversos atrativos: a Cachoeira Sonrisal, ainda no Parque; a Reserva do Abade com sua monumental queda d’água, próxima ao Caminho; o Refúgio Avalon e seu jardim sensorial; o Camping Sombra da Mata; e as Cachoeiras Usina Velha e Meia Lua. O Caminho segue pela trilha das Pedreiras* até Pirenópolis, margeando o Rio das Almas em seu último trecho pela trilha Bandeirinha.

*A entrada na Pedreira deve ser feita até às 16h. Caso não consiga acessar até esse horário, siga pelo asfalto até a cidade.

  • Trecho 4: Pirenópolis – Caxambu (30km)

O percurso de Pirenópolis ao povoado de Caxambu é o último trecho de relevo mais acentuado, cruza remanescentes de mata primária e transpõe as serras Paraíso e Caxambu – esta última com mais de mil metros de altitude. Percorre partes do antigo caminho dos escravos, que ligava a Fazenda Babilônia (1800) a Pirenópolis, na região denominada Retiro.

No meio do percurso, próximos um do outro, encontram-se o córrego Godinho e o Rio das Pedras, este citado por inúmeros viajantes que percorreram este caminho desde o século XVIII, caracterizando-se como excelente local para um merecido descanso.

A passagem pela Serra de Caxambu é a que mais exige do caminhante. Neste trecho, em menos de um quilômetro e meio, a altitude aumenta 150 metros até atingir o topo e desce, em seguida, 250 metros por uma trilha cavaleira até a fazenda do senhor Quinzinho, local de apoio e pouso. Daí até o povoado de Caxambu são mais quatro quilômetros.

  • Trecho 5: Caxambu – Radiolândia (17,8km)

O trecho caracteriza-se pelo relevo pouco acidentado, atravessa áreas de pequenas propriedades, de pastos e de grandes plantações, por estradas vicinais e servidões, a maioria entremeada por áreas de vegetação natural preservada, o Mato Grosso Goiano.

O principal atrativo neste trecho é a histórica Fazenda Babilônia, o mais importante empreendimento da região após a escassez do ouro, fundada no início do século XIX, pelo Comendador Joaquim Alves de Oliveira. Seu acesso se dá a partir de Caxambu, por asfalto, à distância de cinco quilômetros.

O percurso de Caxambu a Radiolândia cruza a BR-153 (Belém-Brasília), até atingir a Rodovia Bernardo Sayão, próximo ao povoado de Radiolândia, local de abastecimento e pouso a 17,5 quilômetros de Caxambu.

  • Trecho 6: Radiolândia – São Francisco (27,4km)

Do povoado de Radiolândia a São Francisco, são 27 quilômetros passando por núcleos de produtores rurais. Na saída de Radiolândia, os visitantes percorrerão aproximadamente 2,2 quilômetros por asfalto, logo no início da curva. Devem seguir à esquerda já em estrada de terra. Daí segue-se por estradas rurais, passando por alguns trechos de matas, passando por muitas fazendas. Após 13,3 quilômetros, aproximadamente, o caminho vira à esquerda, e a 19,5 quilômetros novamente devem virar à esquerda em uma área de lavoura. Daí segue-se passando por estradas rurais até chegar à cidade de São Francisco. Dos pontos mais elevados do Caminho visualizam-se as Serras do Loredo e do Chibio.

  • Trecho 7: São Francisco – Jaraguá (38,5km)

O trecho entre São Francisco e Jaraguá tem seus primeiros seis quilômetros por asfalto, seguindo a partir daí por estrada vicinal que, por longo percurso, margeia o Rio Pari. De longe, avista-se a imponente Serra de Jaraguá com mais de mil metros de altitude, excelente local para a prática de voo livre. A altitude do trajeto varia entre 626 metros e 981 metros acima do nível do mar. É neste percurso que o Caminho de Cora Coralina cruza a Ferrovia Norte-Sul e, por longa extensão, tem como principal visual a Serra de Jaraguá, onde se encontra o Sítio Arqueológico de São Januário. O relevo deste trecho é levemente acidentado até a chegada no Parque Estadual da Serra de Jaraguá.

Saindo de São Francisco após 17,7 quilômetros aproximadamente, cruza-se a BR-070, com mais 3,8 quilômetros de caminhada chega-se ao cruzamento da Ferrovia Norte-Sul, daí, é preciso andar mais 5,5 quilômetros até cruzar a ponte sobre o rio Pari. Após a passagem sobre o rio Pari, vira-se à direita sentido ao Parque Estadual da Serra de Jaraguá, percorrendo 4,2 quilômetros até chegar à sede provisória do Parque, esse local é chamado de Maria Helena. Desse ponto, então, percorre-se 2,5 quilômetros de uma subida íngreme até a chegada ao topo da Serra de Jaraguá. Os últimos quilômetros do trecho são feitos por uma antiga trilha que transpõe a porção Norte da Serra, proporcionando ao caminhante um maravilhoso visual da cidade de Jaraguá, finalizando o percurso na Igreja Nossa Senhora do Rosário.

  • Trecho 8: Jaraguá – Vila Aparecida (17,3km)

O trecho caracteriza-se por um relevo pouco acidentado, variando sua altitude entre 606 metros e 725 metros. É uma região de agricultura e pecuária, destacando-se grandes áreas de cultivo de bananeiras. A saída é feita da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Jaraguá, percorrendo 1,5 quilômetro pela cidade até tomar a saída em estrada de terra. A partir daí, segue-se margeando o Parque Estadual da Serra de Jaraguá, 3,2 quilômetros, aproximadamente, até o ponto mais baixo do trajeto no cruzamento da ponte sobre o rio Pari. Logo vira à esquerda, retornando pelo mesmo traçado sentido a São Francisco de Goiás, após 4,3 quilômetros da travessia da ponte, segue-se à direita sentido ao povoado de Vila Aparecida. Desse ponto até o povoado são 8,5 quilômetros.

  • Trecho 9: Vila Aparecida – Alvelândia – Palestina – Itaguari (29,9km)

Este trecho se caracteriza por um relevo pouco acidentado, variando sua altitude entre 644 e 820 metros. É o trecho que mais concentra povoados, três ao todo. Região de agricultura e pecuária, destacando-se grandes áreas de cultivo de bananeiras. Cruza, novamente, a BR 070 na altura do povoado de Alvelândia.

  • Trecho 10: Itaguari – São Benedito (27,7km)

Variação de altitude entre 650 e 805 metros.

  • Trecho 11: São Benedito – Calcilândia (22,8km)

Relevo pouco acidentado, variação entre 650 metros e 800 metros, totalmente inserido no chamado Mato Grosso Goiano. Tal região era, no passado, inteiramente coberta por espécies predominantemente arbóreas do Cerrado sentido restrito, que cobria em torno de 70% do total da vegetação, com altura média variando entre oito e 15 metros.

Hoje, com a predominância de extensas áreas de agricultura e pecuária, a paisagem está totalmente modificada das características do passado, restando apenas alguns vestígios da mata original.

O povoado de São Benedito, antigo Olhos D’Água, dista 9 quilômetros do município de Itaberaí. É um importante centro de produção e comercialização de polvilho, também chamado de fécula de mandioca, excelente para o preparo da tapioca. A rua principal é ornamentada por diversas casas comercias que expõem embalagens do produto. É local de abastecimento e pouso aos caminhantes.

  • Trecho 12: Calcilândia – Ferreiro – Cidade de Goiás (36,2km)

A partir do povoado de Calcilândia, predomina região serrana, com elevações que superam 860 metros de altitude, podendo variar a 554 metros. À direita, é possível visualizar a Serra de São Pedro, que guarda muito de suas características naturais e é fonte de histórias e mitos.

Saindo de Calcilândia, percorre-se 2,3 quilômetros até sair da estrada vicinal e pegar, à esquerda, estrada rural de terra. Nesse pequeno trecho, há grande tráfego de caminhões e por isso é importante redobrar a atenção. Em seguida, há uma virada forte à esquerda e com mais 800 metros deve-se virar novamente à esquerda. Segue-se mais 7,1 quilômetros até chegar a uma boa pousada. Com mais 10 quilômetros, passando por fazendas e lindas paisagens com vista da Serra Dourada, chega-se as ruínas de Ouro Fino.

O arraial de Ouro Fino, marco inicial da mineração goiana, foi quase totalmente destruído, restando ruínas da antiga igreja e do cemitério. Seguindo o Caminho, descendo pelo vale das nascentes do Rio Vermelho com mais 9,6 quilômetros chega-se ao antigo povoado do Ferreiro, totalizando 30 quilômetros.

Saindo do antigo povoado do Ferreiro, segue-se por estrada de terra. Depois de percorrer 2,3 quilômetros, o caminhante chega à Rodovia GO-164. Nesse, trecho – cerca de 1,3 quilômetro – de rodovia, é necessário prestar muita atenção devido ao fluxo intenso de veículos. Trafegue sempre no sentido contrário.

Em seguida, deve-se virar à direita e entrar na propriedade particular, até a passagem pelo Rio Vermelho, daí o caminho segue a Estrada Real já no Parque Municipal da Estrada Imperial, chegando ao Largo da Carioca, ótimo local para banho dentro da cidade de Goiás. Daí em diante, o Caminho segue pelas antigas ruas e chega ao ponto final, a Casa Velha da Ponte, casa de Cora Coralina.

 
 
QUANDO IR
 
A melhor época para fazer o Caminho de Cora Coralina é entre maio e junho ou setembro e outubro. Isso porque nos meses de outono e primavera as temperaturas estão mais amenas e a água é abundante. Durante o verão você poderá enfrentar estradas muito enlameadas e os meses de inverno, especialmente agosto, o ar vai estar muito seco.
 
É legal também conciliar a viagem com algum dos eventos do calendário de festividades da região. As Cavalhadas acontecem entre Maio e Junho. A Procissão do Fogaréu é em Março. Há também um festival de cinema na Cidade de Goiás, o FICA, que geralmente acontece no início de junho.
 
 
 
MAIS INFORMAÇÕES
 
 https://caminhodecoracoralina.com.br/ 

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