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A economia da bicicleta: criação de empregos e fomento ao comércio local

  • 27/07/2017

Os ganhos sociais e econômicos que vêm com o aumento do uso dos modos sustentáveis deixa marcas na cidade e na economia


Comprovar os benefícios de uma prática é o primeiro passo quando se trata de alavancar investimentos para desenvolvê-la. Não é diferente com o transporte sustentável. Os ganhos sociais e econômicos que vêm com o aumento do uso dos modos sustentáveis deixa marcas na cidade e na economia – desde a criação de empregos até a economia de tempo e dinheiro, passando por combater a pobreza e tornar as vias mais seguras e o ar mais limpo.

A bicicleta entra nessa lista: ao longo da última década, o crescente número de ciclistas urbanos que a utilizam como meio de transporte tem causado mudanças no cenário e na forma de pensar as cidades. Mundialmente, cada vez mais as cidades investem em infraestrutura cicloviária como forma de reduzir os congestionamentos, a poluição e contribuir para a prática de atividade física e melhorar a saúde das pessoas.

Nos últimos anos, outra área que se mostra positivamente impactada pelo uso da bicicleta é a economia. Com a crise desencadeada em 2008, a criação de empregos passou a ser uma das prioridades na Europa. Foi nesse contexto que a Federação dos Ciclistas Europeus (ECF) desenvolveu um estudo para quantificar a participação do setor cicloviário na geração de empregos naquele continente. 

Estima-se que atualmente o setor cicloviário empregue cerca de 650 mil pessoas na Europa. Se a participação da bicicleta na divisão modal do continente dobrasse, o setor poderia criar até 400 mil novos empregos, garantindo trabalho para mais de 1 milhão de pessoas. Essa foi a principal conclusão do estudo, que levou em consideração os empregos gerados pelas atividades relacionadas à bicicleta nos setores de infraestrutura, turismo, varejo e de infraestrutura.

Total de empregos no setor cicloviário atualmente e se fosse dobrada a participação da bicicleta na divisão modal (Fonte: ECF)

Um exemplo do potencial de geração de empregos do setor é o Vélib, programa de compartilhamento de bicicletas de Paris. A capital francesa registra taxa de 6,6% de desemprego, e muitos dos que enfrentam o problema são jovens recém-formados. Ainda que de forma superficial, o Vélib contribui para amenizar o problema, empregando 400 jovens parisienses em vagas integrais e de meio turno.
 

Outras conclusões incluem

Alto número de empregos: em comparação aos outros modos de transporte, o setor cicloviário cria mais vagas de emprego. Considerando uma rotatividade de um milhão de funcionários, uma fabricante de bicicletas emprega três vezes mais pessoas do que uma de automóveis.

Oportunidade de inclusão: muitos dos empregos gerados pelo setor cicloviário não requerem altos níveis de qualificação, o que oferece trabalho e salário para uma parcela da população que necessita de ambos.

Ciclistas favorecem a economia local: as bicicletas contribuem mais para o desenvolvimento da economia local do que outros modos de transporte, uma vez que, por conta da praticidade de acesso conferida pela bicicleta, ciclistas tendem a entrar mais em lojas, restaurantes, cafés e demais estabelecimentos comerciais.

Acesse o estudo na íntegra.

 

Além dos congestionamentos: outros benefícios econômicos da bicicleta

Investir em infraestrutura cicloviária gera economia para as cidades. De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Nova Zelândia para a revista científica Environmental Health Perspectives, a cada dólar gasto com a construção de ciclovias segregadas as cidades podem economizar até US$ 24 (R$ 62), graças à redução de custos com saúde, poluição e tráfego. 

Em Amsterdã, os deslocamentos de bicicleta representam 40% do total de viagens realizadas na cidade. Se o resto do mundo pedalasse apenas um quarto do que os moradores de Amsterdã, as cidades poderiam registrar uma economia de 700 bilhões de dólares por ano – o equivalente a 25 trilhões entre 2015 e 2050. O número está no estudo A Global High Shift Cycling Scenario, de novembro de 2015, que mostra o potencial de contribuição das bicicletas no transporte urbano, tanto em termos de qualificação da mobilidade quanto de sustentabilidade para os centros urbanos. 

No rol de benefícios trazidos pela bicicleta, a construção de cidades mais seguras e a redução de congestionamentos e da poluição soma-se ao fomento da economia local e criação de empregos. Acima de tudo, os números mostram que, mais do que um meio de transporte, a bicicleta é uma poderosa ferramenta de transformação urbana.

Fonte: The City Fix Brasil

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