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Quatro maneiras de fazer cicloturismo

  • 07/06/2016

“Não existe caminho para a felicidade: o caminho é a felicidade”, declarou Mahatma Gandhi, após ter viajado 400 quilômetros em 26 dias com as próprias pernas na famosa Marcha do Sal. E não há talvez atividade na qual a máxima se faça mais presente do que o cicloturismo, as viagens levadas no ritmo equilibrado da bicicleta que permitem desfrutar verdadeiramente o caminho.


Por Cristiano Hoppe Navarro e Stèphane Gallet

“Não existe caminho para a felicidade: o caminho é a felicidade”, declarou Mahatma Gandhi, após ter viajado 400 quilômetros em 26 dias com as próprias pernas na famosa Marcha do Sal. E não há talvez atividade na qual a máxima se faça mais presente do que o cicloturismo, as viagens levadas no ritmo equilibrado da bicicleta que permitem desfrutar verdadeiramente o caminho.

Muito mais do que aeroportos e principais pontos turísticos, aventurar-se pedalando é misturar-se a uma região, adentrar sua cultura, curtir o vento, os sons, aromas e a visão ilimitada. É parar quando quiser para conversar com os nativos, e ser fisicamente ativo, com os sentidos aguçados para merecidamente provar da culinária local ao fim de uma jornada.

Caso você nunca tenha feito cicloturismo, esta experiência imersiva e inigualável pode parecer fora do seu alcance. Mas não está. É normal ter alguns medos, e dúvidas. Terei resistência física para as pedaladas? E se eu for roubado, ou me perder em algum lugar desconhecido?

A boa notícia é que há muitos jeitos de fazer cicloturismo, de acordo com experiência, forma física, exigências de conforto, necessidade de planejamento e, claro, orçamento: um deles se encaixa no seu perfil. O que não significa que – e isso vale para os cicloturistas experientes – não se possa viajar de maneira diferente ao que está acostumado. Todas as modalidades de viagem, que você confere a seguir, tem suas vantagens exclusivas – e podem ser combinadas entre si. Elas são descritas do menor ao maior conforto, e do menor ao maior preço.

É hora de encontrar o seu caminho por meio de sua personalidade!

1. Chuck Norris sobre Rodas
Acampando no meio do trajeto é possível conhecer lugares virgens e despovoados gastando algo pouco como 30 reais por dia, porém carregando consigo toda a bagagem para sobreviver até alguns dias sem auxílio nenhum. O peso extra, incluindo a quantidade de água que pode aumentar em razão do clima, reduz o deslocamento para entre 30 e 100 km diários. Viajar sem apoio nenhum pode ser encarado de duas maneiras: se, por um lado, exige mais autoconfiança, visto que não há como fugir dos imprevistos que farão com que nem todo dia seja fácil, por outro lado, a liberdade absoluta, o sentimento de bastar a si mesmo e a intimidade com a natureza tornam a experiência inesquecível.

São por vezes lembranças difíceis de se exprimir em palavras que ficam da viagem, como um reflexo peculiar da luz, a contemplação silenciosa enquanto se compartilha uma fruta com o colega, a brisa gelada na pele em uma descida – ou ainda sobre a superação da dor, as metas alcançadas e os imprevistos. É justamente o fator imponderável do cicloturismo auto-suficiente que o torna introspectivo, de certo modo uma viagem de fé: é preciso muita vontade e confiança, e a balança emocional oscila entre momentos indescritíveis de profunda alegria e de tristeza e sensação de insignificância. Lugar, clima e época do ano, assim como a experiência do ciclista, devem ser considerados para diminuir os riscos e dificuldade desta modalidade de cicloturismo, a mais conhecida dos brasileiros. Essa modalidade é ideal para roteiros longos (mais de 1000 km) em regiões despovoadas, e para muitos adeptos de um cicloturismo mais refinado, completar uma viagem nesses moldes pode se tornar uma meta de vida.

2. Indiana Jones: aventureiro refinado
Nem todos, entretanto, suportam ou desejam o rigor do cicloturismo auto-suficiente. Como cada povoado do mundo costuma ter o seu albergue e pousada, se torna uma alternativa barata para poder tomar banho e secar as roupas molhadas, assim como garantir a segurança e diminuir o peso da bagagem. Em um dia, gastando 100 reais ou mais, com o menor desgaste físico é possível viajar muito mais relaxado. Acessível a um público bem maior, necessita de organização: em algumas épocas do ano, será preciso contatar com antecedência e reservar a estadia.

Impossível em lugares selvagens ou inóspitos, optar por utilizar alojamentos básicos pode pesar um pouco mais no bolso em trajetos mais longos. Para muitos cicloturistas, contudo, é um preço pequeno para enormes vantagens: somente aqueles que já passaram pela experiência tem a exata noção do luxo que é dispor de um lugar de hospedagem. Além da higiene e aquecimento, deixar a bagagem no alojamento dá ao viajante uma liberdade em lugares povoados que o cicloturista auto-suficiente não possui. A rotina é mais maleável, sendo possível guardar a bike por um ou mais dias para visitar uma cidade, caminhar ou descansar.

3. Cada Hillary tem o seu Tensing Norgay
Mas, seja acampando ou hospedando-se, digamos que você não pode ou não quer organizar sua viagem, seja porque trabalha o dia todo, quer conhecer um país exótico cujo idioma não domina ou não está confiante para realizar sua primeira viagem. Talvez você já tenha feito cicloturismo, mas desta vez prefira menos introspecção e mais contextualização, ou ainda queira uma viagem guiada mas não pode pagar uma empresa para cuidar do roteiro. Um bom investimento pode ser contratar um guia independente, ampliando o gasto para pelo menos 200 euros diários. Cada guia geralmente organiza viagens na própria região, assim como várias excursões internacionais anualmente. Se é um profissional, há um encanto adicional: explicações históricas, culturais e da flora e fauna dão o contexto local.

Durante todos os 30 a 150 km de um dia você estará na companhia do guia e, eventualmente, de um grupo. Ainda que sejam pessoas desconhecidas, na melhor das hipóteses a experiência será similar a fazer o trajeto com um amigo que conhece a rota em detalhes, pagando mais e se abstendo do planejamento. Nesta modalidade, há mais calor humano e menos preocupações com imprevistos ou em organizar a própria logística de hospedagem.

4. Comer, Rezar, Amar… e pedalar!
Pedalando pelo mundo e descobrindo muito mais além da paisagem. A opção por uma operadora de cicloturismo isenta você de qualquer preocupação. Não se carrega nada além do próprio corpo: as malas te esperam no próximo quarto de hotel. Se cansar de pedalar, um veículo de apoio te conduz ao destino. Os guias costumam fazer paradas frequentes de reabastecimento em lugares lindos, com bebidas geladas, fruta cortada e todo tipo de comidinhas locais. A grande maioria dos roteiros de empresas ficam entre 30 e 80 km por dia, quilometragem acessível para praticamente todos os ciclistas, mas, caso o grupo queira pedalar mais, as distâncias são geralmente flexíveis. Os preços vão de 300€ por dia para hospedagem 3 estrelas até 700€ incluído absolutamente tudo para viagens de luxo.

As possibilidades vão desde o self-guided, modalidade mais em conta que dispensa o direcionamento de um guia para a rota, tempo e lugares visitados, até viagens personalizadas para sua família, hospedando-se em hotéis de luxo e com vários guias dedicados a seu bem-estar. Outros atrativos incluem massagens, almoços e jantares organizados, visitas guiadas pelos lugares turísticos e degustações da gastronomia típica, além da diversidade de tipos de bicicleta disponíveis, como mountain bike, speed e bike elétrica. O céu é o limite em termos de customização, já que se encontram operadoras para criar qualquer itinerário e realizar cada sonho. Para quem busca conhecer ao fundo uma região do mundo de maneira ativa e com todos os confortos possíveis, essa é definitivamente a melhor opção.

Que tipo de cicloturista você é nesse momento? Auto-suficiente ou de albergue? Com guia ou empresa de turismo? Na Halcyon Tours (www.halcyontours.com) criamos sonhos do quarto tipo, para quem quer o melhor e pode se permitir esses luxos. Queremos cansar-lhe o bastante para sentir o sangue correr dentro do seu corpo, para despertar uma fome e sede profunda, para descansar como nunca e dormir como dormia quando era criança, sem preocupação nenhuma a não ser aproveitar o dia seguinte. Acima de tudo, o que importa é sair e viver seus sonhos. Assim como quem aprende a andar de bicicleta jamais esquece como se faz, quem dá os primeiros movimentos na direção dos seus sonhos nunca mais para de torná-los realidade. Parodiando a música do poeta Joan Manuel Serrat, “caminhante, não há caminho: se faz caminho ao pedalar”.

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